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Bolsas mundiais: Ásia fecha sem direção e Europa opera em alta

Bolsas asiátias. Foto: iStock.

Bolsas asiátias. Foto: iStock.

Entre as bolsas mundiais hoje (22), as da Ásia fecharam sem direção única, encontrando catalisadores divergentes nas novas políticas do presidente dos EUA, Donald Trump.

A Bolsa de Tóquio teve fortes ganhos, após o SoftBank anunciar planos de investimentos em inteligência artificial (IA) junto com o governo dos EUA, enquanto as bolsas da China recuaram diante do anúncio de tarifas comerciais.

No Japão, o índice Nikkei fechou em alta de 1,58%, a 39.646,25 pontos, impulsionado pelo salto de 11% do SoftBank Group. O banco japonês anunciou um plano de investimento de US$ 500 bilhões em parceria com a OpenAI, a Oracle e o governo americano para construir infraestruturas de data centers IA nos EUA.

Em outras partes da Ásia, o índice Taiex subiu 0,97%, a 23.525,41 pontos, em Taiwan, com a TSMC – uma das principais fabricantes globais de chips para IA – em alta de 1,34%, apesar das dificuldades de produção impostas por recente terremoto na região. Na Coreia do Sul, o índice Kospi avançou 1,15%, a 2.547,06 pontos, em Seul, também impulsionado por ações de tecnologia.

Por outro lado, ativos chineses foram pressionados pelas novas políticas americanas. Trump anunciou ontem que a imposição de tarifas de 10% sobre importações da China ainda estava sobre a mesa e podem entrar em efeito a partir de 1º de fevereiro. O Deutsche Bank nota que os comentários deixam muita incerteza sobre o comércio no curto prazo.

Na China continental, o Xangai Composto encerrou em queda de 0,89%, a 3.213,62 pontos, enquanto o menos abrangente Shenzhen Composto caiu 1% a 1.920,43 pontos. Em Hong Kong, o Hang Seng recuou 1,63%, a 19.778,77 pontos.

Na Oceania, o S&P/ASX 200 teve alta de 0,33%, a 8.429,80 pontos, em Sydney, estendendo ganhos pela terceira sessão consecutiva.

Europa opera em alta

As bolsas da Europa sobem, conforme investidores ponderam sinais para a trajetória de juros do Banco Central Europeu (BCE), após diversos dirigentes sinalizarem provável corte das taxas na próxima semana. Os ganhos fortes levaram Londres e Frankfurt a renovarem alta histórica, impulsionadas ainda por balanços e colocando em segundo plano preocupações com tarifas do presidente dos EUA, Donald Trump.

Às 7h10 (de Brasília), o índice pan-europeu Stoxx 600 tinha alta de 0,64%, a 529,35 pontos.

Os mercados acionários europeus abriram com alguns índices próximos à estabilidade, mas firmaram alta forte ao longo da manhã. Segundo o Danske Bank, o foco dos investidores está mudando gradativamente nesta semana dos impactos de ameaças tarifárias de Trump para as decisões monetárias dos principais BCs na próxima semana.

No Fórum Econômico Mundial, em Davos, dirigentes do BCE sinalizaram que um corte de juros na próxima semana é provável. François Villeroy de Galhau (França) projetou queda das taxas para nível próximo de 2% até o verão do Hemisfério Norte, enquanto Klass Knot (Holanda) disse estar “confortável” com relaxamento monetário nas próximas duas reuniões.

Mais cautelosa, a presidente do BCE, Christine Lagarde, afirmou que espera uma redução gradual dos juros europeus, mas reiterou que os dirigentes não estão “atrás da curva”, em entrevista à CNBC, nos arredores de Davos. Lagarde alertou ainda que a União Europeia (UE) deve se preparar para as tarifas comerciais de Trump e seus efeitos sobre a economia local. Lagarde falará novamente em Davos nesta tarde, às 12h15 (de Brasília).

Às 7h20 (de Brasília), o índice DAX ganhava 1,13% em Frankfurt, depois de renovar recorde de alta a 21.274,75 pontos, impulsionado também pela temporada de balanços. A ação da Adidas subia 6,7%, depois de superar expectativas de lucro em resultados do quarto trimestre. Entre outros destaques, a SAP avançava 1,8% ao seguir a euforia global com ações de semicondutores, após Trump anunciar pacote robusto de investimentos em data centers nos EUA.

Já o FTSE 100 subia 0,28% em Londres, também renovando máxima histórica a 8.582,79 pontos, com destaque para alta de 5,5% da Intermediate Capital, que bateu expectativas em balanço do terceiro trimestre fiscal de 2024. Em Milão, o FTSE MIB avançava 0,39%. Em Lisboa, o PSI 20 aumentava 0,01%. Em Paris, o CAC 40 ganhava 0,75%. Na contramão, o IBEX 35 tinha queda de 0,07% em Madri.

Com informações da Dow Jones Newswires e Estadão Conteúdo

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