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Bolsas mundiais: com Trump no radar, Ásia fecha em alta e Europa opera mista

Entre as bolsas mundiais hoje (20), a maior parte das bolsas da Ásia encerrou com viés positivo, em meio a certo otimismo e antecipação pela posse de Donald Trump como presidente dos EUA. Segundo analistas, declarações recentes do republicano sinalizam postura mais suave em relação à China, o que pode ser bom para os ativos asiáticos em geral.

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Na China continental, o Xangai Composto subiu 0,08%, a 3.244,38 pontos, enquanto o menos abrangente Shenzhen Composto avançou 1,00% a 1.934,79 pontos. Em Hong Kong, o Hang Seng ganhou 1,75%, a 19.925,81 pontos, impulsionado por ações ligadas a tecnologia e comércio eletrônico.

Analistas da Wedbush avaliam que o futuro das operações do TikTok nos EUA deverá ter efeitos em cadeia sobre outras negociações importantes sino-americanas nos próximos meses, a depender do cumprimento da promessa de Trump sobre adiar o banimento do aplicativo.

Já o analista da Mizuho Securities Ásia Ken Cheung destaca a ligação feita pelo republicano com o presidente da China, Xi Jinping, como sinal de que ambos os líderes querem reduzir as tensões nas relações bilaterais.

Segundo ele, isso reduz temores de uma alta imediata nas tarifas dos EUA sobre a China. Para o Swissquote, este otimismo sobre Trump impulsionou os mercados acionários chineses e colocou em segundo plano a manutenção dos juros do Banco do Povo da China (PBoC, na sigla em inglês) pelo terceiro mês consecutivo.

Em outras partes da Ásia, o índice Nikkei teve alta de 1,17%, a 38.902,50 pontos, em Tóquio, monitorando ainda possível alta de juros pelo Banco do Japão (BoJ, em inglês) e impulsionado pelo salto de 8,2% a Daiichi Sankyo – que teve medicamento para tratar câncer das mamas aprovado nos EUA. Em Taiwan, o índice Taiex subiu 0,51%, a 23.266,82 pontos.

Na Coreia do Sul, a prisão do presidente afastado Yoon Suk Yeol pesou sobre as negociações e o índice Kospi fechou em queda de 0,14%, a 2.520,05 pontos, em Seul.

Na Oceania, o índice S&P/ASX 200 teve alta de 0,45% em Sydney, a 8.347,40 pontos.

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Europa opera mista

As bolsas da Europa operam sem direção única nesta segunda-feira, em compasso de espera pela posse de Donald Trump como presidente dos EUA e em dia de liquidez reduzida pelo feriado americano que mantém mercados fechados em Wall Street.

Na semana, falas da presidente do Banco Central Europeu (BCE), Christine Lagarde, nova rodada de balanços corporativos e de dados sobre atividade econômica serão destaque.

Por volta das 7h15 (de Brasília), o índice pan-europeu Stoxx 600 tinha leve queda de 0,05%, a 523,37 pontos. O Deutsche Bank observa que a consolidação do Eurostoxx ocorre após o índice registrar seu quarto ganho semanal consecutivo na semana anterior (+2,37%), marcando também seu melhor desempenho desde setembro.

Segundo analistas, o alívio nas perspectivas de flexibilização monetária e nos rendimentos soberanos dos dois lados do Atlântico continuam apoiando a recuperação dos ativos de risco, mas agora o foco deverá recair novamente sobre Trump.

A Pepperstone acredita que a atenção do mercado estará sobre quaisquer sinais de política fiscal e de ordens executivas que o republicano possa assinar já nos primeiros dias de seu mandato. O Société Générale observa que a incerteza quanto as novas políticas econômicas dos EUA manterá desafios sobre a leitura e estratégia dos mercados internacionais.

Além da posse de Trump, investidores europeus também monitoram sinais sobre os próximos passos do BCE. Hoje, o índice de preços ao produtor (PPI, na sigla em inglês) da Alemanha acelerou à taxa anual de 0,8% em dezembro, menos que o esperado.

Em entrevista ao Politico, o dirigente do BCE Robert Holzmann (Áustria) alertou que um corte de juros em janeiro ainda não está decidido e que dependerá do desempenho da inflação. Na semana, a presidente Christine Lagarde também falará sobre política monetária no Fórum Econômico Mundial, em Davos.

Às 7h25 (de Brasília), o índice DAX tinha alta de 0,10% em Frankfurt, depois de renovar máxima histórica a 20.931,33 pontos. Em Paris, o CAC 40 avançava 0,19%. Em Madri, o Ibex 35 tinha queda marginal de 0,01%. Em Lisboa, o PSI 20 caía 0,05%. Em Milão, o FTSE MIB cedia 0,31%, pressionado pelas perdas de 2,1% da Telecom Itália (grupo Tim) e de 1,6% da Enel.

Em Londres, o FTSE 100 subia 0,21%, com ganhos limitados pela persistência de incertezas políticas no Reino Unido. Segundo o jornal britânico The Independent , a Câmara dos Lordes aprovou e enviou hoje ao governo um inquérito que pressiona por reformas “urgentes” no sistema de benefícios para pessoas com deficiência.

Com informações da Dow Jones Newswires e Estadão Conteúdo

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Redação Suno Notícias

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