Bolsas mundiais têm tom misto com Trump, CPI e balanços
Entre as bolsas mundiais hoje (19), as da Ásia e do Pacífico fecharam sem direção única, após novas ameaças tarifárias dos EUA.
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O índice japonês Nikkei caiu 0,27% em Tóquio, a 39.164,61 pontos, pressionado por ações de montadoras como Honda (-2,3%) e Toyota (-1,7%), após o presidente americano, Donald Trump, dizer ontem que está considerando tarifas “de cerca de” 25% a importações de carros. Ele também ameaçou tarifar produtos farmacêuticos e semicondutores.
Em outras partes da região asiática, o Hang Seng recuou 0,14% em Hong Kong, a 22.944,24 pontos, sob o peso de ações de bancos, enquanto o sul-coreano Kospi avançou 1,70% em Seul, a 2.671,52 pontos, estendendo ganhos pelo sétimo pregão consecutivo, e o Taiex registrou modesta perda de 0,26% em Taiwan, a 23.604,08 pontos.
Na China continental, os mercados ficaram no azul, com ajuda de ações de tecnologia, após a recente reunião do presidente Xi Jinping com líderes de grandes empresas chinesas do setor. O Xangai Composto subiu 0,81%, a 3.351,54 pontos, e o menos abrangente Shenzhen Composto avançou 1,90%, a 2.045,53 pontos.
Na Oceania, a bolsa australiana caiu pelo terceiro dia seguido, com baixa de 0,73% do S&P/ASX 200 em Sydney, a 8.419,20 pontos.
Europa de olho em CPI e balanços
As bolsas europeias sem direção única na manhã desta quarta-feira, enquanto investidores avaliam dados da inflação do Reino Unido, que vieram acima do esperado, e mais balanços corporativos da região.
Por volta das 6h35 (de Brasília), o índice pan-europeu Stoxx 600 se mantinha praticamente estável, em 557,20 pontos.
Da temporada de balanços, a Glencore era destaque negativo, com tombo de 6,4% em Londres. A mineradora anglo-suíça sofreu um prejuízo bilionário no ano passado e divulgou Ebitda ajustado e receita aquém das expectativas.
Já o HSBC, gigante bancário britânico com foco no Ásia, lucrou mais do que se previa no último trimestre do ano passado, mas sua ação subia apenas 0,50% no mercado inglês.
Ainda no noticiário corporativo, a BP avançava 0,90% em Londres, após notícia de que a petrolífera britânica está considerando vender sua unidade de lubrificantes, a Castrol, em um acordo que pode chegar a US$ 10 bilhões.
No âmbito macroeconômico, a taxa anual de inflação ao consumidor (CPI) do Reino Unido acelerou para 3% em janeiro, vindo um pouco acima da projeção de analistas e atingindo o maior patamar desde março de 2024. A força do CPI reduz as chances de que o Banco da Inglaterra (BoE), que busca inflação de 2%, siga reduzindo juros, como fez há quase duas semanas.
Às 6h49 (de Brasília), a Bolsa de Londres caía 0,04% e a de Paris recuava 0,20%, enquanto a de Frankfurt subia 0,16%. Já as de Milão e Lisboa avançavam 0,79% e 0,62%, respectivamente, e a de Madri recuava 0,26%.
Com informações da Dow Jones Newswires e Estadão Conteúdo