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Bolsas mundiais: Ásia fecha em baixa e Europa opera no negativo

Bolsas asiáticas. Foto: iStock

Bolsas asiáticas. Foto: iStock

Entre as bolsas mundiais hoje (17), as da Ásia fecharam em queda, com crescente temor de que os esforços de estímulos do governo da China sejam insuficientes para revigorar a segunda maior economia do planeta.

Na semana passada, os líderes chineses decidiram elevar a meta do déficit fiscal para 4% do Produto Interno Bruto (PIB) em 2025, segundo revelou a Reuters hoje. Já a meta para o crescimento econômico foi estabelecida em cerca de 5%, a mesma de 2024.

Em meio às dúvidas sobre o cenário, o índice Xangai Composto encerrou a sessão em baixa de 0,73%, a 3.361,49 pontos, enquanto o menos abrangente Shenzhen Composto cedeu 1,72%, a 2.013,78 pontos. Em Hong Kong, o Hang Seng recuou 0,48%, a 19.700,48 pontos.

Investidores também operam em compasso de espera pela decisão do Federal Reserve (Fed) amanhã. A curva futura precifica 95% de chance de um corte de 25 pontos-base nos juros neste encontro, mas há incerteza sobre os próximos seguintes e uma pausa no relaxamento monetário se impõe na pesa.

Em Tóquio, o índice Nikkei perdeu 0,24%, a 39.364,68 pontos, na mínima do dia. Já o Taiex, de Taiwan, caiu 0,10%, a 23.018,01 pontos.

Em Seul, o Kospi acentuou perdas e se desvalorizou 1,29%, a 2.456,81 pontos. A Corte Constitucional da Coreia do Sul deve começar a julgar a validade do impeachment do presidente Yoon Suk Yeol, mas o parlamento diverge sobre a necessidade de indicar juízes a três cadeiras vagas no tribunal.

Na Oceania, o S&P/ASX 200 subiu 0,78%, a 8.314,0 pontos, em Sydney.

Europa opera em baixa

O sinal negativo predomina entre as principais bolsas da Europa, com particular pressão sobre Londres, que reage à surpreendente aceleração dos salários no Reino Unido. Investidores monitoram também as incertezas políticas na França e na Alemanha.

Por volta das 06h30 (de Brasília), o índice Stoxx 600 caía 0,33%, a 514,14 pontos.

A taxa de desemprego britânica ficou estável em 4,3% nos três meses encerrados em outubro, segundo informou hoje o Escritório Nacional de Estatísticas (ONS, na sigla em inglês) do país. Mas o dado que repercutiu nas mesas de operações foi o avanço de 5,2% no salário semanal médio, excluindo-se bônus, acima do acréscimo de 4,9% no trimestre até setembro.

O indicador impulsionou a libra e levou os rendimentos dos Gilts britânicos aos maiores níveis em mais de 1 mês. O índice FTSE 100, referência em Londres, recuava 0,59%. A avaliação é a de que o resultado não só consolida a já majoritária aposta por manutenção dos juros do Banco da Inglaterra (BoE) na quinta-feira, 19, mas também reduz as chances de cortes no ano que vem.

Do outro lado do Canal da Mancha, o noticiário político segue no radar. O novo primeiro-ministro francês, François Bayrou, enfrenta a desafiadora missão de negociar o orçamento do ano que vem. Já o chanceler alemão, Olaf Scholz, perdeu ontem um voto de confiança no parlamento, que deve abrir caminho para eleições em fevereiro.

Na maior economia europeia, aliás, o índice Ifo de sentimento das empresas caiu a 84,7 em dezembro, mais fraco que o esperado. O número acentuou as perdas do euro, que baixava a US$ 1,0482. No entanto, o impacto nos negócios acionários foi limitado, com o índice DAX em leve queda de 0,01% em Frankfurt.

Em Paris, o índice CAC 40 subia 0,07%, com avanço de 1,47% em Airbus, depois que o Deutsche Bank elevou para “compra” a recomendação para o papel. Entre outras praças, a Bolsa de Lisboa recuava 1,23% e a de Milão baixava 0,66%.

Com Estadão Conteúdo

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