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Bolsas mundiais: Hong Kong e Taiwan fecham em alta e Europa opera no negativo

Bolsas asiátias. Foto: iStock.

Bolsas asiátias. Foto: iStock.

Entre as bolsas mundiais hoje (16), destaque para as de Hong Kong e Taiwan, que encerraram em alta, em sessão de liquidez reduzida por conta de feriados que fecharam os mercados de Japão, Coreia do Sul e China continental. Investidores se posicionam para uma semana que será marcada por decisões de juros de alguns dos principais bancos centrais do planeta, entre eles o Federal Reserve (Fed).

No final de semana, dados de indústria e varejo aquém do esperado reforçaram o cenário de incertezas sobre a recuperação da economia chinesa. Já os preços de imóveis no país tiveram a maior queda em nove anos em agosto, em mais um efeito da crise que castiga o setor imobiliário local.

O TD Securities prevê que o quadro pode levar o governo chinês a anunciar novas medidas de estímulos já nas próximas semanas. Na sexta-feira (horário local), o Banco do Povo da China (PBoC) definirá as taxas de empréstimos de 1 e 5 anos. “Esperamos que as autoridades resolvam a falta de confiança dos consumidores lançando mais estímulos habitacionais para conter a derrocada do mercado imobiliário“, afirma o banco de investimentos.

Neste ambiente, o índice Hang Seng, de Hong Kong, subiu 0,31%, a 17.422,12 pontos. A empresa de biotecnologia Akeso saltou 16,14%, após anunciar avanço em testes para medicamento de câncer no pulmão.

Desde a última sexta-feira, investidores ampliam as apostas de que o Fed abrirá o ciclo de relaxamento monetário com um corte de 50 pontos-base nos juros. O Banco do Japão (BoJ), por sua vez, pode optar por manter a taxa básica antes de voltar a aumentá-la nos encontros seguintes. Em meio à espera, o iene atingiu maior nível desde julho de 2023 hoje

Em Taiwan, o índice Taiex ganhou 0,42%, a 21.850,08 pontos. Na Oceania, o S&P/ASX 200 avançou 0,27% em Sydney, a 8.121,60 pontos, em novo recorde histórico.

Europa opera no negativo

As bolsas da Europa oscilam com viés negativo nas primeiras horas de uma semana que será marcada por decisões de juros nos Estados Unidos e no Reino Unido. A agenda relativamente esvaziada no exterior mantém investidores hesitantes em firmar direcionamentos mais convictos.

Por volta das 06h50 (de Brasília), o índice Stoxx 600 caía 0,11%, a 515,40 pontos.

Dados de inflação haviam consolidado a expectativa de que o Federal Reserve (Fed) abriria o ciclo de relaxamento monetário com um corte de 25 pontos-base nos juros na quarta-feira. No entanto, reportagens do The Wall Street Journal e do Financial Times pintaram um quadro de indecisão no Comitê Federal de Mercado Aberto (FOMC, na sigla em inglês) e embaralharam as apostas do mercado.

Nesta manhã, a curva futura precificava cerca de 60% de chance de o Fed optar por uma redução de meio ponto porcentual na taxa básica, conforme monitoramento do CME Group. Mas analistas ainda enxergam um cenário incomum de incertezas na véspera do primeiro dia da reunião da autoridade monetária.

O Societe Generale ainda espera um primeiro passo mais comedido no processo de afrouxamento, mas reconhece o risco de que o mercado “force a mão” do Fed por um alívio agressivo. Amanhã, as leituras de agosto de produção industrial e vendas no varejo dos EUA podem fornecer pistas nesse sentido, de acordo com a análise.

Do outro lado do Atlântico, o Banco da Inglaterra (BoE) deve preservar os juros básicos em 5% na quinta-feira, depois de ter cortado no mês passado, segundo o Goldman Sachs. O banco americano explica que a comunicação recente da instituição monetária aponta para uma abordagem cautelosa no ritmo de alívio das condições.

Dirigente do Banco Central Europeu (BCE), Peter Kazimir afirmou hoje que a decisão de baixar a taxa básica na semana passada foi “apropriada”, mas ponderou que os riscos de inflação ainda persistem. Por isso, Kazimir argumenta que o BCE deve esperar até dezembro para voltar a reduzir os juros.

Entre ações individuais, Assicurazioni Generali avançava 2,19% em Milão, depois que o Jefferies elevou de “manter” para “compra” a recomendação da seguradora, diante do perfil de baixo risco e rápido crescimento da companhia. Em Paris, Rexel saltava 9,75%, após a distribuidora de equipamentos elétricos rejeitar oferta de compra pela QXO, do bilionário Brad Jacobs.

UniCredit subia 1,59% e Commerzbank perdia 0,58% em suas respectivas bolsas, ainda de olho nas discussões sobre uma potencial fusão. O CEO da instituição italiana, Andrea Orcel, disse ao jornal Handelsblatt que uma combinação poderia adicionar valor aos dois grupos financeiros.

No horário citado acima, a Bolsa de Londres subia 0,10%, Frankfurt caía 0,34% e Paris perdia 0,06%. Lisboa recuava 0,26%, mas Milão ainda subia 0,20%. No câmbio, o dólar avançava a US$ 1,1120 e a libra, a US$ 1,3185. Na renda fixa, os juros dos Bunds alemães operavam em alta, mas os dos BTPs italianos caíam.

Com Estadão Conteúdo

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