Bolsas mundiais têm tom misto de olho em ameaças tarifárias
Entre as bolsas mundiais hoje (14), as asiáticas fecharam sem direção única, enquanto investidores avaliaram as últimas ameaças tarifárias do presidente dos EUA, Donald Trump.
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Liderando ganhos na Ásia, o índice Hang Seng saltou 3,69% em Hong Kong, a 22.620,33 pontos, impulsionado por ações do setor de saúde e tecnologia em meio ao entusiasmo com a adoção do modelo de inteligência artificial (IA) da DeepSeek.
Na China continental, o otimismo gerado pela IA também favoreceu ações de farmacêuticas e software. O Xangai Composto subiu 0,43%, a 3.346,72 pontos, e o menos abrangente Shenzhen Composto avançou 0,75%, a 2.033,42 pontos.
Em outras partes da região asiática, o japonês Nikkei caiu 0,79% em Tóquio, a 39.149,43 pontos, em dia de realização de lucros após ganhos recentes, enquanto o sul-coreano Kospi avançou 0,31% em Seul, a 2.591,05 pontos, em seu quarto pregão positivo, e o Taiex apresentou queda de 1,05% em Taiwan, a 23.152,61 pontos.
Ontem, o governo Trump confirmou planos de adotar as chamadas tarifas recíprocas, mas concedeu prazo para negociações, aliviando temores sobre uma guerra comercial e contribuindo para o desempenho positivo de Wall Street ontem.
Na Oceania, a bolsa australiana ficou no azul pelo quarto dia seguido, com ganho de 0,19% do S&P/ASX 200 em Sydney, a 8.555,80 pontos.
Europa opera mista
As bolsas europeias operam sem direção única na manhã desta sexta-feira, enquanto investidores digerem balanços corporativos e avaliam as últimas ameaças tarifárias do presidente dos EUA, Donald Trump. O setor de artigos de luxo é destaque positivo após resultados da francesa Hermès, conhecida pelas bolsas Birkin.
Por volta das 6h25 (de Brasília), o índice pan-europeu Stoxx 600 tinha alta marginal de 0,07%, a 554,15 pontos.
Em Paris, a Hermès subia 2,1%, após superar previsões de lucro e receita trimestrais, impulsionando outros grupos de luxo, caso da também francesa LVMH (1,4%), da suíça Richemont (0,9%) e da britânica Burberry (0,8%).
Por outro lado, o NatWest caía 2% em Londres, ainda que o banco britânico tenha divulgado balanço melhor do que o esperado. Para Matt Britzman, analista da Hargreaves Lansdown, o guidance do NatWest, que veio em linha com as expectativas, poderia ter sido mais “animador”.
A questão tarifária também segue no radar. Ontem, o governo Trump confirmou planos de adotar as chamadas tarifas recíprocas, mas concedeu prazo para negociações, aliviando temores sobre uma guerra comercial mais ampla.
Logo mais, investidores na Europa vão acompanhar revisão do Produto Interno Bruto (PIB) da zona do euro, que mostrou estabilidade na leitura inicial do quarto trimestre de 2024. Já nos EUA, estão previstos dados sobre vendas no varejo e produção industrial nas próximas horas.
Às 6h41 (de Brasília), a Bolsa de Londres caía 0,20%, a de Paris avançava 0,57% e a de Frankfurt se mantinha estável, enquanto a de Milão subia 0,25%, a de Lisboa ganhava 1,10% e a de Madri recuava 0,03%.
Com informações da Dow Jones Newswires e Estadão Conteúdo