Bolsas mundiais: Japão cai na contramão da Ásia e Europa sobe

Entre as bolsas mundiais hoje (14), as da Ásia fecharam em viés positivo, acompanhando melhora no sentimento de risco global. Na China, os mercados acionários tiveram ganhos robustos, impulsionados por novas promessas de reguladores para estabilizar o setor financeiro. Exceção, a Bolsa de Tóquio teve queda significativa, após dirigente do Banco do Japão (BoJ, na sigla em inglês) sinalizar possibilidade de alta de juros em breve.

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Retornando de feriado local, o índice Nikkei fechou em queda de 1,83%, a 38.474,30 pontos, em Tóquio, pressionado pela valorização do iene e pela forte alta nos rendimentos de títulos soberanos japoneses (JGBs, em inglês) – principalmente o de 2 anos, que subiu a 0,680%, o maior nível desde outubro de 2008.

Hoje, o vice-presidente do BoJ, Ryozo Himino, disse que há possibilidade de elevar os juros durante a reunião monetária da próxima semana, mas evitou afirmar qual a probabilidade de o BC tomar esta decisão e reiterou que dependerá de dados sobre a economia.

Em outras regiões da Ásia, contudo, o clima foi de recuperação de perdas recentes. Na China continental, o Xangai Composto subiu 2,54%, a 3.240,94 pontos, marcando seu maior ganho porcentual dos últimos dois meses, enquanto o menos abrangente Shenzhen Composto saltou 4,2%, a 1.915,85 pontos. Em Hong Kong, o índice Hang Seng encerrou a sessão em alta de 1,83%, a 19.219,78 pontos.

As ações chinesas tiveram suporte de novas promessas de autoridades para estabilizar o mercado acionário. A Comissão Reguladora de Valores Mobiliários da China (CSRC, em inglês) disse que trabalhará com o Banco do Povo da China (PBoC, em inglês) para garantir a efetividade de ferramentas monetárias e o fortalecimento de mecanismos para estabilizar o mercado. Analistas da Cinda Internacional também notaram que novas medidas foram tomadas pelo governo para aprofundar a conectividade financeira entre a China continental e Hong Kong.

Em Taiwan, o índice Taiex avançou 1,37%, a 22.797,52 pontos. Na Coreia do Sul, o sul-coreano Kospi subiu 0,31%, a 2.497,40 pontos, em Seul.

Na Oceania, o índice S&P/ASX 200 teve alta de 0,48% em Sydney, a 8.231,00 pontos, depois de três sessões consecutivas de quedas, frente a recuperação do setor bancário.

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Europa opera em alta

As bolsas da Europa sobem na manhã desta terça-feira, refletindo melhora no sentimento de risco e alívio nos rendimentos soberanos locais e dos EUA, em compasso de espera por nova rodada de dados macroeconômicos ao longo da semana. Ainda, os mercados europeus monitoram o início da temporada de balanços.

Por volta das 7h07 (de Brasília), o índice pan-europeu Stoxx 600 tinha alta de 0,51%, a 511,27 pontos.

Depois de duas sessões de baixas e de escalada nos juros de títulos soberanos, as praças europeias encontraram alívio e ensaiam recuperação nesta terça-feira. Para o Deutsche Bank, a melhora no sentimento de risco ocorre ainda frente a expectativas por implementação gradual das tarifas pelo governo de Donald Trump, após reportagem da Bloomberg divulgada ontem à noite.

A agenda esvaziada na Europa coloca o foco dos investidores sobre a divulgação do índice de preços ao produtor (PPI, em inglês) dos EUA e em falas de dois dirigentes do Federal Reserve (Fed), Jeffrey Schmid (Kansas City) e John Williams (Nova York). Amanhã, a produção industrial na zona do euro deverá ser destaque.

Às 7h20 (de Brasília), a Bolsa de Paris liderava ganhos entre os pares europeus, com o índice CAC 40 em alta de 1,01%. Investidores franceses aguardam discurso do primeiro-ministro da França, François Bayrou, ainda nesta manhã. Segundo a Reuters, espera-se que Bayrou revele os planos para o orçamento fiscal de 2025, com contornos de um acordo para diluir reformas de aposentadoria em troca do apoio da esquerda.

Ações de empresas de luxo também impulsionavam os mercados europeus, após o grupo italiano de moda Brunello Cucinelli reportar receita melhor que a esperada no quarto trimestre, apesar do cenário de desaceleração da demanda, colocando em foco o início da temporada de balanços no continente. No horário citado, os papéis do Brunello Cucinelli subiam 1,65% em Milão, enquanto os do grupo francês LVMH tinham alta de 1,87% e da Hermes de 1,19% em Paris. O índice FTSE MIB avançava 0,92% em Milão.

Em Londres, o FTSE 100 tinha avanço modesto de 0,16%, oscilando próximo a estabilidade, penalizado por ações ligadas a commodities. Os papéis da BP caíam 2,97%, depois de a petrolífera se juntar a pares e cortar projeções para resultados do quarto trimestre. Em Lisboa, o PSI 20 subia 0,42%. Em Madri, o IBEX 35 avançava 0,49%. Em Frankfurt, o DAX ganhava 0,75%.

Com informações da Dow Jones Newswires e Estadão Conteúdo

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Redação Suno Notícias

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