Bolsas mundiais: Ásia fecha em baixa e Europa opera em alta

Entre as bolsas mundiais hoje (13), as asiáticas fecharam majoritariamente em baixa, com perdas de 2% nos índices acionários da China, em meio à decepção com a falta de detalhes sobre estímulos econômicos durante uma aguardada reunião de líderes do país asiático.

https://files.sunoresearch.com.br/n/uploads/2023/04/1420x240-Planilha-vida-financeira-true.png

Na Conferência Central de Trabalho Econômico, as autoridades chinesas repetiram a mensagem principal que o Politburo já havia transmitido no começo da semana: a política fiscal será proativa e a postura monetária, “moderadamente frouxa”.

Para o ANZ, as promessas pareceram mais uma recapitulação de temas previamente anunciados do que um novo pacote para apoiar a economia. “A maioria das opções políticas já foram implementadas ou discutidas pelos ministérios em coletivas de imprensa anteriores, e a questão sobre os estímulo futuros não será sobre ‘o que’, mas sobe ‘o quanto'”, explica.

Diante da frustração, o índice Xangai Composto encerrou a sessão em queda de 2,01%, a 3.391,88 pontos, e o menos abrangente Shenzhen Composto recuou 2,01%, a 2.070,42 pontos. Em Hong Kong, o Hang Seng perdeu 2,09%, a 19.971,24 pontos.

Entre outras praças, o índice Nikkei cedeu 0,95% em Tóquio, a 39.470,44 pontos, diante de relatos de que o Banco do Japão (BoJ) estaria mais inclinado a manter juros na reunião da semana que vem. Por sua vez, o Taiex, de Taiwan, caiu 0,11%, a 23.020,48 pontos.

Exceção, o Kospi avançou 0,50% em Seul, a 2.494,46 pontos, no quarto dia seguido de ganhos. Os mercados sul-coreanos tentam firmar a recuperação do baque causado pela controversa lei marcial imposta temporariamente pelo presidente do país, Yoon Suk Yeol, na semana passada. Yoon é alvo de um segundo processo de impeachment, que deve ser votado no final de semana.

Na Oceania, o índice S&P/ASX 200, de Sydney, baixou 0,41%, a 8.296,00 pontos.

https://files.sunoresearch.com.br/n/uploads/2023/03/Ebook-Acoes-Desktop.jpg

Europa opera em alta

As bolsas da Europa operam em alta e caminham para encerrar a semana com um tom positivo, enquanto investidores consolidam a aposta de que o Banco Central Europeu (BCE) pretende continuar o relaxamento monetário no ano que vem, um dia após corte de 25 pontos-base nos juros.

Mesmo assim, por volta das 06h18 (de Brasília), o índice Stoxx 600 caía 0,12%, a 518,60 pontos.

Em Frankfurt, o DAX volta a renovar recorde histórico, em 20.521,78 pontos no pico do dia. Entre os destaques, a ação da Volkswagen subia 1,93%, BMW ganhava 1,48% e Mercedes Benz avançava 1,14%. Deutsche Bank tinha valorização de 0,76%.

À rádio BFM, o dirigente do BCE François Villeroy de Galhau disse que mais cortes de juros são esperados para o próximo ano, em meio ao arrefecimento da inflação. Também membro do banco central, José Luis Escrivá teria ditado que seria “lógico” esperar mais relaxamento monetário, de acordo com relatos de operadores.

Na frente política, investidores seguem no aguardo da escolha do novo primeiro-ministro da França pelo presidente do país, Emmanuel Macron, em meio ao impasse sobre o orçamento que derrubou o premiê anterior, Michel Barnier. A expectativa é de que Macron anuncie o novo nome ainda hoje, segundo a imprensa local.

Mais cedo, o Reino Unido informou inesperada contração tanto na produção industrial quanto no Produto Interno Bruto (PIB) em outubro. Os indicadores impuseram pressão sobre a libra, que recua a US$ 1,2632. Daqui a pouco, às 7h, será a vez da produção industrial da zona do euro.

No horário citado acima, a Bolsa de Londres subia 0,14%, Paris ganhava 0,17%, Milão avançava 0,25% e Lisboa tinha elevação de 0,23%. No câmbio, o euro caía a US$ 1,0467.

Com Estadão Conteúdo

https://files.sunoresearch.com.br/n/uploads/2023/04/1420x240-Planilha-vida-financeira-true.png

Guilherme Serrano

Compartilhe sua opinião

Receba atualizações diárias sobre o mercado diretamente no seu celular

WhatsApp Suno