Bolsas mundiais: Ásia fecha em alta e Europa recua

Entre as bolsas mundiais hoje (12), as asiáticas fecharam em alta, em meio ao otimismo de que a China adotará novos estímulos para revigorar a segunda maior economia do planeta. As ações de tecnologia emergiram como destaque da sessão, após os ganhos em Wall Street levarem o índice Nasdaq ao nível recorde acima de 20 mil pontos ontem.

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O mercado aguarda com ânimo renovado a conclusão da Conferência Central de Trabalho Econômico, que reúne as principais autoridades chinesas em discussões sobre o crescimento da atividade. No começo da semana, o Politburo indicou intenção de implementar política fiscal “mais proativa” e postura monetária “moderadamente relaxada”.

Neste ambiente, o índice Hang Seng, em Hong Kong, encerrou a sessão com valorização de 1,20%, a 20.397,05 pontos. Já o Xangai Composto avançou 0,85%, a 3.461,50 pontos, enquanto o menos abrangente Shenzhen Composto subiu 1,05%, a 2.112,90 pontos.

Investidores reagiram também ao índice de preços ao consumidor (CPI) dos EUA em linha com o esperado, o que consolidou aposta em corte de 25 pontos-base nos juros do Federal Reserve (Fed) na semana que vem. O quadro turbinou papéis de tecnologia em Nova York e ecoou também nas praças asiáticas.

Em Tóquio, as ações de Advantest e Tokyo Electron subiram 5,10% e 0,59%, respectivamente. Assim, o índice Nikkei se elevou 1,21%, a 39.849,14 pontos. Em Taiwan, o Taiex ganhou 0,63%, a 23.046,80 pontos, sob apoio de TSMC (+1,83%).

Na Coreia do Sul, o recrudescimento da crise política passou ao segundo plano, apesar de novo esforço por impeachment do presidente Yoon Suk Yeol. O índice Kospi, de Seul, avançou 1,62%, a 2.482,12 pontos, e continuou a recuperação do baque causado pela decisão de Yoon de decretar a lei marcial temporariamente na semana passada.

Na Oceania, por outro lado, o índice S&P/ASX 200 recuou 0,28%, a 8.330,30 pontos, em Sydney.

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Europa opera em baixa

As bolsas da Europa têm ímpeto contido nesta manhã, em compasso de espera pela decisão de política monetária do Banco Central Europeu (BCE) e após o BC da Suíça surpreender com um corte de 50 pontos-base nos juros.

Por volta das 06h30 (de Brasília), o índice Stoxx 600 caía 0,10%, a 519,64 pontos.

O BCE deve reduzir a taxa básica em 25 pontos-base, mas analistas não descartam completamente a possibilidade de uma redução de meio ponto porcentual. Para o ING, a autoridade monetária deve revisar para baixo as projeções para inflação e atividade, o que pode pavimentar o caminho para um relaxamento mais agressivo em 2025.

Investidores vão monitorar os comentários da presidente do BCE, Christine Lagarde, após a decisão, em busca de pistas sobre os próximos passos da instituição.

Mais cedo, o SNB, como é conhecido o banco central suíço, reduziu os juros para 0,50%, em ritmo mais forte que o esperado pelo mercado. O anúncio reduziu as perdas do dólar no exterior, inclusive na comparação com euro e libra, mas o sinal negativo ainda prevalece para a moeda americana.

Os mercados aguardam ainda a indicação do novo primeiro-ministro da França pelo presidente do país, Emmanuel Macron, diante do impasse na aprovação do orçamento do ano que vem. Na agenda dos EUA, as atenções se voltam para a leitura de novembro da inflação ao produtor (PPI) nos EUA.

Em meio às incertezas, a bolsa de Paris caía 0,04% no horário citado acima. Por outro lado, Londres subia 0,20%, Frankfurt ganhava 0,03% e Milão subia 0,32%, enquanto Lisboa perdia 0,32%. No câmbio, o euro subia a US$ 1,0514 e a libra, a US$ 1,2759.

Com Estadão Conteúdo

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Guilherme Serrano

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