Bolsas mundiais: tom é negativo de olho em Trump
Entre as bolsas mundiais hoje (12), as asiáticas fecharam em baixa, em meio a preocupações sobre a composição do futuro gabinete do presidente eleito dos EUA, Donald Trump, e ainda pressionadas por estímulos chineses que ficaram aquém das expectativas.
Liderando as perdas na Ásia, o índice Hang Seng tombou 2,84% em Hong Kong, a 19.846,88 pontos, à medida que a decepção com os últimos planos de incentivo fiscal da China, anunciados no fim da semana passada, seguiu pesando nos negócios.
Na China continental, os mercados também ficaram no vermelho, revertendo ganhos de ontem, diante de quedas em ações de seguros e semicondutores. O Xangai Composto caiu 1,39%, a 3.421,97 pontos, e o menos abrangente Shenzhen Composto recuou 0,81%, a 2.116,33 pontos.
Em outras partes da região asiática, o japonês Nikkei cedeu 0,40% em Tóquio, a 39.376,09 pontos, o sul-coreano Kospi teve baixa de 1,94% em Seul, a 2.482,57 pontos, em seu terceiro pregão negativo, e o Taiex caiu 2,33% em Taiwan, a 22.981,77 pontos.
A aversão a risco na Ásia também foi motivada por temores relacionados ao segundo governo Trump. De acordo com o The Wall Street Journal, o republicano deverá indicar o senador da Flórida Marco Rubio para ser seu secretário de Estado. Rubio tem assumido posições duras em relação aos regimes de China, Irã, Cuba e Venezuela.
Na Oceania, a bolsa australiana teve seu segundo dia consecutivo de perdas, com baixa de 0,13% do S&P/ASX 200 em Sydney, a 8.255,60 pontos.
Europa opera em baixa
As bolsas europeias operam em baixa na manhã desta terça-feira, revertendo ganhos do pregão anterior, enquanto investidores avaliam riscos do segundo governo do presidente eleito dos EUA, Donald Trump, e reagem a balanços desanimadores.
Por volta das 6h20 (de Brasília), o índice pan-europeu Stoxx 600 caía 0,87%, a 507,92 pontos. Apenas o subíndice de mineração tinha queda de 2%, à medida que os preços da maioria dos metais básicos recuava, enquanto o do setor de luxo, que lida com a fraca demanda do mercado chinês, amargava perdas de 2,1%.
A aversão a risco na Europa veio em meio a preocupações sobre a composição do futuro gabinete de Trump. Segundo o The Wall Street Journal, o republicano deverá indicar o senador da Flórida Marco Rubio para ser seu secretário de Estado. Rubio tem assumido posições duras em relação aos regimes de China, Irã, Cuba e Venezuela.
A temporada de balanços também pressiona os negócios. Em Frankfurt, a ação da Bayer tombava mais de 11%, no horário acima, após a empresa química e farmacêutica alemã decepcionar com resultados do terceiro trimestre e piorar suas projeções para o ano.
Dados de inflação também estão no radar. Mais cedo, foi confirmado que a taxa anual da inflação ao consumidor (CPI) da Alemanha acelerou para 2% em outubro. Amanhã (13), os EUA divulgam o CPI de outubro.
Às 6h36 (de Brasília), a Bolsa de Londres caía 0,68%, a de Paris recuava 1,01% e a de Frankfurt cedia 0,63%. Já as de Milão, Madri e Lisboa tinham perdas de 0,72%, 0,63% e 0,36%, respectivamente.
Com informações da Dow Jones Newswires e Estadão Conteúdo