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Bolsas mundiais: Ásia fecha mista e Europa opera sem ímpeto

Bolsas asiátias. Foto: iStock.

Bolsas asiátias. Foto: iStock.

Entre as bolsas mundiais hoje (11), as asiáticas fecharam sem direção única nesta quarta-feira, em meio à esperança por mais medidas de estímulo econômico na China. Investidores operaram em compasso de espera pela divulgação do índice de preços ao consumidor (CPI) dos EUA, nesta manhã.

Autoridades chinesas discutem o cenário econômico na Conferência Central de Trabalho Econômico, encontro anual que começa hoje. Na última segunda-feira, o principal órgão político do país sinalizou intenção de adotar uma política fiscal “mais proativa” e uma postura monetária “moderadamente frouxa” em 2025.

Neste cenário, o índice Xangai Composto encerrou a sessão com valorização de 0,29%, a 3.432,49 pontos, enquanto o menos abrangente Shenzhen Composto subiu 0,76%, a 2.090,92 pontos. Por outro lado, o Hang Seng cedeu 0,77% em Hong Kong, a 20.155,05 pontos

O Julius Baer prevê que os mercados acionários chineses avançarão no horizonte de seis a 12 meses, diante da disposição de Pequim de manter o apoio econômico.

“Mas o caminho é incerto, à medida os investidores avaliam o apoio à política interna em contraponto às políticas comerciais desfavoráveis dos EUA”, pondera o banco, em referência às ameaças de tarifas pelo presidente eleito americano, Donald Trump.

Entre outras praças, o índice Kospi subiu 1,02% em Seul, a 2.442,51, e manteve a gradual recuperação após o baque causado pela lei marcial temporária decretada pelo presidente da Coreia do Sul, Yoon Suk Yeol, na semana passada. Apesar disso, a crise política segue em andamento, depois que o ex-ministro da Defesa do país, Kim Yong-hyun, tentou suicídio na prisão, de acordo com investigadores.

O índice Nikkei, de Tóquio, teve marginal variação positiva de 0,01%, a 39.372,23 pontos, limitado pelas especulações de que o Banco do Japão (BoJ) pode voltar a aumentar juros, após aceleração da inflação no atacado.

Na contramão, o Taiex, de Taiwan, cedeu 0,96%, a 22.903,63 pontos, em meio a tensões com a China. Na Oceania, o S&P/ASX 200 perdeu 0,47%, a 8.353,60 pontos, em Sydney.

Europa opera sem ímpeto

As bolsas da Europa têm dificuldades para firmar ímpeto positivo nesta manhã, enquanto investidores em tomar posições mais convictas antes da leitura de novembro do índice de preços ao consumidor (CPI) dos EUA, que será divulgada nas próximas horas.

Por volta das 06h40 (de Brasília), o índice Stoxx 600 caía 0,03%.

A expectativa é de que o CPI tenha acelerado à taxa anual de 2,7% no mês passado, segundo a mediana de estimativas de analistas consultados pelo Projeções Broadcast. O indicador será fundamental para balizar as apostas para os próximos passos do Federal Reserve (Fed), que decide juros na semana que vem.

O mercado aguarda também a decisão do Banco Central Europeu (BCE), que deve cortar as taxas básicas em 25 pontos-base amanhã. Para o TD Securities, o foco nos mercados se voltará para a linguagem da presidente da autoridade monetária, Christine Lagarde, na coletiva de imprensa.

Entre ações individuais, Adidas caía 0,46% em Frankfurt, após autoridades alemãs vasculharem escritórios da empresa no país em busca de evidências para uma investigação tributária. Em Madri, o papel da Inditex recuava 4,50%, após a dona da Zara decepcionar com as vendas do terceiro trimestre.

No horário citado acima, a Bolsa de Londres caía 0,19%, mas Frankfurt subia 0,09% e Paris avançava 0,08%, enquanto Lisboa ganhava 0,14% e Milão, 0,46%. No câmbio, o euro cedia a US$ 1,0503 e a libra baixava a US$ 1,2738. Mais cedo, o euro caiu ao menor nível em quase três anos frente à libra. O juro do OAT francês de 10 anos aumentava a 2,881%, enquanto investidores esperam a indicação do novo premiê da França pelo presidente Emmanuel Macron.

Com informações da Dow Jones Newswires e Estadão Conteúdo

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