Entre as bolsas mundiais hoje (11), as da Ásia e do Pacífico fecharam sem direção única, após o presidente dos EUA, Donald Trump, confirmar a aplicação de tarifas a importações de aço e alumínio.
O índice Hang Seng caiu 1,06% em Hong Kong, a 21.294,86 pontos, em um dia de provável realização de lucros após o recente rali de ações de tecnologia, enquanto o sul-coreano Kospi avançou 0,71% em Seul, a 2.539,05 pontos, e o Taiex subiu 0,57% em Taiwan, a 23.384,05 pontos. No Japão, não houve negócios hoje em função de um feriado.
Na China continental, os mercados ficaram no vermelho, pressionados por ações de consumo e do setor imobiliário. O Xangai Composto recuou 0,12%, a 3.318,06 pontos, e o menos abrangente Shenzhen Composto registrou baixa de 0,49%, a 2.007,99 pontos.
Ontem, Trump cumpriu a ameaça de tarifar todas as importações de aço e alumínio dos EUA em 25%, alimentando temores de uma ampla guerra comercial. Neste mês, EUA e China também impuseram tarifas a produtos um do outro, e ainda não deram sinais de negociações para reverter a cobrança.
Na Oceania, a bolsa australiana ficou praticamente estável, interrompendo uma sequência de dois pregões em baixa. O S&P/ASX 200 teve alta marginal de 0,01% em Sydney, a 8.484,00 pontos
Europa oscila perto da estabilidade
As bolsas europeias oscilam perto da estabilidade na manhã desta terça-feira, enquanto investidores avaliam o impacto das novas tarifas dos EUA ao aço e ao alumínio e digerem balanços corporativos da região.
Por volta das 7h (de Brasília), o índice pan-europeu Stoxx 600 apresentava baixa marginal de 0,07%, a 545,55 pontos, após fechar o pregão anterior em nível recorde.
Ontem, o presidente dos EUA, Donald Trump, cumpriu a ameaça de tarifar todas as importações de aço e alumínio em 25%, alimentando temores de uma ampla guerra comercial. A expectativa é de que a União Europeia responda com tarifas retaliatórias.
No horário acima, as siderúrgicas alemãs ThyssenKrupp e Salzgitter tinham respectivas quedas de 2,8% e 1% em Frankfurt, enquanto a gigante ArcelorMittal recuava 1,4% em Amsterdã e a produtora de alumínio norueguesa Norsk Hydro cedia 1,2% em Oslo.
Da temporada de balanços, destaque positivo para a Kering, cuja ação subia 2,5% em Paris após a companhia francesa de artigos de luxo – e controladora da Gucci – divulgar queda menor do que se previa na receita trimestral.
Por outro lado, o UniCredit tombava quase 3% em Milão, após o banco italiano divulgar queda no lucro. Já a BP se mantinha praticamente estável em Londres, após a petrolífera britânica lucrar menos do que o esperado, mas também anunciar uma recompra de ações de US$ 1,75 bilhão.
Investidores também monitoram a perspectiva da política monetária. Mais cedo, a dirigente do Banco da Inglaterra (BoE) Catherine Mann disse que deseja ver o juro básico britânico “bem acima” da chamada taxa neutra. Na semana passada, Mann surpreendeu ao votar por uma redução maior do juro, de 50 pontos-base, contrariando a decisão que prevaleceu, de corte de 25 pontos-base. Segundo Mann, ela agiu assim para “diminuir o ruído” dos mercados.
Nas próximas horas, estão previstos discursos do presidente do BoE, Andrew Bailey, e do presidente do Federal Reserve (Fed, o BC dos EUA), Jerome Powell, no Congresso americano.
Às 7h15 (de Brasília), a Bolsa de Londres caía 0,02%, a de Paris avançava 0,02% e a de Frankfurt subia 0,11%. Já as de Milão e Lisboa tinham altas de 0,08% e 0,30%, respectivamente, enquanto a de Madri recuava 0,05%.
Com informações da Dow Jones Newswires e Estadão Conteúdo