Entre as bolsas mundiais hoje (10), as asiáticas fecharam em baixa, com perdas lideradas pelas da China, em meio a temores persistentes sobre a inflação fraca na segunda maior economia do mundo.
Entre os mercados chineses, o índice Xangai Composto recuou 1,33%, a 3.168,52 pontos, e o menos abrangente Shenzhen Composto teve queda ainda mais expressiva, de 2,22%, a 1.837,28 pontos. Os preços ao consumidor da China tiveram modesta alta de 0,2% em 2024, refletindo pressões deflacionárias.
Em Tóquio, o Nikkei caiu 1,05%, a 39.190,40 pontos, diante de crescentes preocupações com a tendência de alta dos custos de empréstimos no Japão. Nesta madrugada, o rendimento do título do governo japonês – o chamado JGB – de 10 anos subiu 2,5 pontos-base a 1,195%, atingindo o maior patamar desde maio de 2011.
Em outras partes da Ásia, o Hang Seng cedeu 0,92% em Hong Kong, a 19.064,29 pontos, o sul-coreano Kospi perdeu 0,24% em Seul, a 2.515,78 pontos, interrompendo uma sequência de cinco pregões positivos, e o Taiex registrou baixa de 0,30% em Taiwan, a 23.011,86 pontos.
Na Oceania, a bolsa australiana ficou no vermelho pelo segundo dia consecutivo. O S&P/ASX 200 caiu 0,42% em Sydney, a 8.294,10 pontos, pressionado por ações de grandes bancos domésticos, que tiveram perdas de 1,2% a 1,7%.
Europa opera mista
As bolsas europeias operam sem direção única na manhã desta sexta-feira, à medida que os elevados juros de títulos de governos prejudicam a demanda por ações em partes da região, enquanto investidores aguardam dados do mercado de trabalho dos EUA.
Por volta das 6h35 (de Brasília), o índice pan-europeu Stoxx 600 tinha modesta baixa de 0,13%, a 515,16 pontos.
O recente avanço nos rendimentos de títulos europeus, em especial dos Gilts britânicos, limita o apetite por risco na Europa. Os juros dos Gilts de mais longo prazo estão subindo nesta manhã, mas seguem abaixo de máximas em várias décadas atingidas na sessão anterior. Já a libra, que ontem chegou a atingir mínima em um ano ante o dólar em meio à turbulência no mercado de Gilts, tem ligeira desvalorização.
Nas próximas horas, a atenção vai se voltar para o relatório de emprego dos EUA, o chamado payroll, que é crucial para influenciar em que ritmo os juros básicos americanos poderão cair em 2025, após os três cortes implementados pelo Federal Reserve (Fed) ao longo do ano passado. Também no radar, está pesquisa da Universidade de Michigan sobre confiança do consumidor e expectativas de inflação.
Às 6h50 (de Brasília), a Bolsa de Londres caía 0,22%, a de Paris subia 0,05% e a de Frankfurt avançava 0,03%. Já a de Milão exibia alta de 0,25%, enquanto as de Madri e Lisboa tinham respectivas quedas de 0,90% e 0,51%.
Com informações da Dow Jones Newswires e Estadão Conteúdo