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Bolsas mundiais: Ásia fecha em alta com China e Europa sobe

Bolsas asiátias. Foto: iStock.

Bolsas asiátias. Foto: iStock.

Entre as bolsas mundiais hoje (09), a de Hong Kong fechou em alta de mais de 2%, após a China prometer apoiar a economia no ano que vem. O anúncio veio após o fechamento das demais praças, onde os principais índices ficaram sem direção única, em meio ao recrudescimento da crise política na Coreia do Sul e dado de inflação chinês aquém do esperado.

O Politburo, principal órgão político em Pequim, se comprometeu a adotar uma política fiscal “mais proativa” e uma postura monetária “moderadamente frouxa”. As autoridades também sinalizaram intenção de estabilizar o setor imobiliário e o mercado acionário.

Após o comunicado, o índice Hang Seng apagou perdas de mais cedo e fechou com firme valorização de 2,76%, a 20.414,09 pontos. O papel da incorporadora New World Development subiu 2,93% e o do banco Bank of China ganhou 2,96%.

Com pregão já encerrado no momento da notícia, o índice Xangai Composto cedeu 0,05%, a 3.402,53 pontos, enquanto o menos abrangente Shenzhen Composto baixou 0,35%, a 2.057,32 pontos. O índice de preços ao consumidor (CPI) da China subiu apenas 0,2% na comparação anual de novembro.

Em Seul, o índice Kospi perdeu 2,78%, a 2.360,58 pontos, à medida que a incerteza política se torna ainda mais aguda. Após ter decretado temporariamente a lei marcial na semana passada, o presidente sul-coreano, Yoon Suk Yeol, sobreviveu a uma votação de impeachment no parlamento no final de semana. O ministério da Justiça, no entanto, o proibiu de viajar ao exterior.

Na contramão, o Nikkei ganhou 0,18%, a 39.160,50 pontos, em Tóquio. Em Taiwan, o Taiex subiu 0,34%, a 23.273,25 pontos.

Na Oceania, o S&P/ASX 200 computou variação positiva de 0,02%, a 8.423,0 pontos, em Sydney.

Europa opera em alta

O sinal positivo predomina entre as principais bolsas da Europa nesta manhã, após a China prometer uma política econômica voltada a impulsionar o consumo no ano que vem. O principal índice de Frankfurt, porém, opera sob pressão, em correção após ter renovado recorde intraday histórico logo na abertura.

Por volta das 06h30 (de Brasília), o índice Stoxx 600 subia 0,21%, a 521,55 pontos.

O sentimento de risco global teve significativa melhora nas últimas horas, após o principal órgão político da China se comprometer a adotar uma política fiscal “mais proativa” e uma postura monetária “moderadamente frouxa”.

A notícia impulsionou os preços de commodities, o que apoiou ações do setor. Em Londres, Rio Tinto (+3,03%), Antofagasta (2,98%), Glencore (+2,98%) e Anglo American (+2,64%) lideravam os ganhos do índice FTSE 100, que avançava 0,31% no horário citado acima.

Papéis do segmento do consumo de luxo também exibem forte vigor, com esperança por maior demanda no país asiático. Em Paris, Louis Vuitton subia 1,90% e

Hermès ganhava 0,84%. A petroleira TotalEnergies tinha valorização de 0,68%. Assim, o índice CAC 40 ascendia 0,46%.

O mercado aguarda ainda a escolha de um novo primeiro-ministro francês pelo presidente Emmanuel Macron, após o colapso do governo de Michel Barnier na semana passada. Sinais de que a oposição pode estar mais disposta a cooperar na aprovação do orçamento do ano que vem ajudam a melhorar clima. O juro do OAT, como é conhecido o título público da França, de 10 anos recuava a 2,876% e diminuía o spread com o equivalente da Alemanha a 76 pontos-base.

Também no radar nos próximos dias, o Banco Central Europeu (BCE) divulga decisão de política monetária na quinta-feira. A expectativa é de que a instituição volte a cortar juros em 25 pontos-base, mas o foco ficará nas sinalizações para o ano que vem, diante do enfraquecimento da economia.

Há pouco, o índice DAX, em Frankfurt, caía 0,09%, depois de alcançar máxima histórica aos 20.461,85 pontos. Milão também tinha baixa de 0,10%, mas Lisboa subia 0,33%. No câmbio, o euro subia a US$ 1,0571 e a libra avançava a US$ 1,2776.

Com Estadão Conteúdo

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