Bolsas mundiais: China tomba e Europa tem ganhos limitados
Entre as bolsas mundiais hoje, as asiáticas fecharam sem direção única nesta quarta-feira, com as da China tombando e interrompendo um rali que teve início com o anúncio de uma série de medidas de estímulo para impulsionar o crescimento da segunda maior economia do mundo.
Principal índice acionário chinês, o Xangai Composto amargou queda de 6,62% hoje, a 3.258,86 pontos, depois de avançar 19% ao longo de um mês, o que sugere possível realização de lucros. O menos abrangente Shenzhen Composto sofreu perda ainda maior, de 8,65%, a 1.917,31 pontos.
Os mercados chineses vinham vivenciando um rali desde o mês passado, quando o banco central chinês (PBoC) e outras agências governamentais lançaram um agressivo pacote de resgate destinado a garantir que a China consiga crescer 5% este ano, como almeja Pequim. Ontem, porém, a falta de detalhamento sobre planos de gastos durante coletiva do principal órgão de planejamento do país decepcionou os investidores. O foco agora é outra coletiva, desta vez do Ministério de Finanças chinês, prevista para o fim de semana.
Em outras partes da Ásia, o Hang Seng caiu 1,38% em Hong Kong, a 20.637,24 pontos, ampliando tombo de mais de 9% do pregão anterior, enquanto o japonês Nikkei subiu 0,87% em Tóquio, a 39.277,96 pontos, acompanhando ganhos dos mercados acionários de Nova York ontem, e o Taiex garantiu modesta alta de 0,21% em Taiwan, a 22.659,08 pontos.
Na Coreia do Sul, não houve negócios hoje em função de um feriado.
Na Oceania, a bolsa australiana ficou no azul, favorecida também pelo desempenho positivo de Wall Street. O S&P/ASX 200 avançou 0,13% em Sydney, a 8.187,40 pontos.
Europa tem ganhos limitados
As bolsas europeias operam majoritariamente em alta modesta na manhã desta quarta-feira, ensaiando recuperação de perdas de ontem, mas o sentimento é de cautela em meio a dúvidas sobre estímulos econômicos na China e a forte volatilidade dos mercados locais.
Por volta das 7h (de Brasília), o índice pan-europeu Stoxx 600 avançava 0,26%, a 518,00 pontos. Apenas o subíndice do setor imobiliário, que é considerado uma aposta mais segura em momentos de incerteza, tinha alta de 1%.
No pregão anterior, os mercados acionários da Europa caíram, pressionados por ações expostas à China, após decepção com a ausência de novas medidas de estímulo em Pequim. Hoje, a bolsa de Xangai amargou um tombo de 6,6%, interrompendo um rali deflagrado por um pacote de resgate anunciado pelo governo chinês no mês passado.
A perspectiva de juros dos EUA também segue no radar. À tarde, o Federal Reserve (Fed) divulga ata de sua última reunião de política monetária, quando cortou os juros básicos americanos em 50 pontos-base. Já amanhã (10), será publicada atualização de dados de inflação ao consumidor (CPI) dos EUA.
Às 7h14 (de Brasília), a Bolsa de Londres subia 0,43%, a de Paris avançava 0,16% e a de Frankfurt ganhava 0,15%. Já as de Milão e Lisboa tinham altas de 0,07% e 0,21%, respectivamente. Na contramão, a de Madri caía 0,14%.
Com informações da Dow Jones Newswires e Estadão Conteúdo