Bolsas mundiais: China perde fôlego com decepção por estímulos e Europa cai

Entre as bolsas mundiais hoje (08), as asiáticas fecharam sem direção única, com a de Xangai devolvendo a maior parte dos ganhos da abertura em meio à decepção com uma coletiva de imprensa com autoridades chinesas.

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Na volta de um feriado de uma semana na China continental, o Xangai Composto subiu 4,59%, a 3.489,78 pontos. Ao abrir, porém, o principal índice acionário chinês havia saltado 10%, na expectativa de que Pequim revelaria grandes medidas de estímulo adicionais, o que não se confirmou. Durante coletiva, autoridades do principal órgão de planejamento do país basicamente comentaram detalhes do plano de resgate que havia sido anunciado antes do feriado. Menos abrangente, o Shenzhen Composto avançou 8,89%, a 2.098,77 pontos.

Em outras partes da Ásia, o Hang Seng tombou 9,41% em Hong Kong, a 20.926,79 pontos, à medida que investidores decepcionados com a falta de novas medidas concretas na China aproveitaram a oportunidade para embolsar lucros de ganhos recentes, enquanto o japonês Nikkei caiu 1% em Tóquio, a 38.937,54 pontos, o sul-coreano Kospi recuou 0,61% em Seul, a 2.594,36 pontos, e o Taiex cedeu 0,40% em Taiwan, a 22.611,39 pontos.

Na Oceania, a bolsa australiana ficou no vermelho, também pressionada pela ausência de novidades na China. O S&P/ASX 200 caiu 0,35% em Sydney, a 8.176,90 pontos.

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Bolsas da Europa caem

As bolsas europeias operam em baixa na manhã desta terça-feira, à medida que a ausência de novas medidas de estímulos na China derrubou ações de setores expostos à segunda maior economia do mundo, como os de mineração e de bens de luxo.

Por volta das 6h30 (de Brasília), o índice pan-europeu Stoxx 600 caía 0,67%, a 516,00 pontos. Apenas o subíndice de mineração tombava 4%, enquanto os de bens de luxo recuava 2,3%.

Em coletiva de imprensa em Pequim, autoridades chinesas decepcionaram ao apenas comentar um pacote de resgate anunciado pelo banco central chinês (PBoC) no mês passado, sem anunciar medidas adicionais.

Ações de fabricantes de bebidas alcoólicas também estão pressionadas, após a China impor tarifas antidumping provisórias ao conhaque produzido na União Europeia, dias após o bloco europeu seguir adiante com planos de tarifar carros elétricos chineses. Em Paris, no horário acima, a Rémy Cointreau tinha queda de 8% e a Pernod Ricard, de 3,8%.

Investidores na Europa seguem monitorando também os desdobramentos do conflito no Oriente Médio. Hoje, os preços do petróleo estão caindo, depois de acumularem robustos ganhos por cinco sessões consecutivas.

Em dia de aversão a risco, ficou em segundo plano notícia de que a produção industrial da Alemanha cresceu 2,9% em agosto ante julho, superando de longe a previsão de analistas.

Às 6h46 (de Brasília), a Bolsa de Londres caía 1,19%, a de Paris recuava 0,88% e a de Frankfurt perdia 0,44%. Já as de Milão, Madri e Lisboa tinham baixas de 0,33%, 0,29% e 0,20%, respectivamente.

Com informações da Dow Jones Newswires e Estadão Conteúdo

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Guilherme Serrano

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