Bolsas mundiais: Ásia fecha em alta e Europa ensaia recuperação

Entre as bolsas mundiais hoje (07), as asiáticas fecharam majoritariamente em alta, com as da China e de Hong Kong saltando mais de 2%, em meio a expectativas de que Pequim intensifique estímulos fiscais após a vitória do republicano Donald Trump na eleição presidencial dos EUA.

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Na China continental, o índice Xangai Composto subiu 2,57%, a 3.470,66 pontos, e o menos abrangente Shenzhen Composto avançou 2,48%, a 2.100,71 pontos, impulsionados por ações de corretoras e seguradoras. Em Hong Kong, o Hang Seng teve alta de 2,02%, a 20.953,34 pontos, com a ajuda de papéis de tecnologia.

Durante a campanha eleitoral, Trump ameaçou impor tarifas de 60% a todas as importações chinesas e elevá-las ainda mais caso Pequim se mobilize no sentido de invadir a ilha autônoma de Taiwan. O triunfo do republicano gerou expectativas de que o Comitê Permanente do Congresso Nacional do Povo da China lance um agressivo pacote de estímulos fiscais ao fim de uma reunião que será concluída amanhã (08).

Dados de exportação da China, que subiram bem mais do que o esperado em outubro, também contribuíram hoje para o apetite por risco em Xangai, Shenzhen e Hong Kong.

Em outras partes da Ásia, o sul-coreano Kospi registrou alta marginal de 0,04% em Seul, a 2.564,63 pontos, e o Taiex subiu 0,82% em Taiwan, a 23.408,82 pontos.

Na contramão, o japonês Nikkei caiu 0,25% em Tóquio, a 39.381,41 pontos, com investidores provavelmente ajustando posições antes da decisão de juros do Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA), na tarde de hoje.

Na Oceania, a bolsa australiana ficou no azul pelo segundo pregão consecutivo, com alta de 0,33% do S&P/ASX 200 em Sydney, a 8.226,30 pontos.

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Europa ensaia recuperação

As bolsas europeias operam em alta na manhã desta quinta-feira, ensaiando recuperação de perdas de ontem, enquanto investidores digerem balanços da região e aguardam decisões de política monetária no Reino Unido e nos EUA.

Por volta das 7h05 (de Brasília), o índice pan-europeu Stoxx 600 avançava 0,56%, a 509,60 pontos.

Dos balanços do dia, o da ArcelorMittal agradou e a ação da gigante siderúrgica tinha alta de 5,6% em Amsterdã. Já os da Telefónica e da Air France-KLM decepcionaram. No horário acima, o papel da companhia de telecomunicações espanhola caia 1,6% em Madri e o da empresa aérea franco-holandesa tombava 11% em Paris.

Em Milão, a ação do BPM saltava 8,8%, após o terceiro maior banco da Itália anunciar que fará uma oferta de cerca de 1,6 bilhão de euros pelo controle da gestora de ativos Anima Holding (+9,7%).

Ontem, as principais bolsas da Europa chegaram a mostrar sólidos ganhos na esteira da vitória de Donald Trump na eleição presidencial dos EUA, mas acabaram encerrando em baixa em meio a temores de que o republicano imponha tarifas a produtos do continente.

Nas próximas horas, a atenção vai se voltar para anúncios de juros do Banco da Inglaterra (BoE), ainda nesta manhã, e do Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA), à tarde. A expectativa é que tanto o BoE quanto o Fed cortem seus juros básicos em 25 pontos-base.

No âmbito macroeconômico, as vendas no varejo da zona do euro cresceram 0,5% em setembro ante agosto, um pouco mais do que esperado, enquanto a produção industrial da Alemanha recuou 2,5% no mesmo período, bem mais do que se previa.

Às 7h21 (de Brasília), a Bolsa de Londres subia 0,03%, a de Paris avançava 0,52% e a de Frankfurt ganhava 1,21%. Já as de Milão, Madri e Lisboa exibiam altas de 0,32%, 0,51% e 0,17%, respectivamente.

Com informações da Dow Jones Newswires, Associated Press e Estadão Conteúdo

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Guilherme Serrano

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