Bolsas mundiais: Ásia fecha mista e Europa sobe com Paris

Entre as bolsas mundiais hoje (06), as asiáticas fecharam sem direção única, em meio à expectativa dos mercados globais para a leitura de novembro do relatório de emprego dos EUA, o payroll. A esperança por novos estímulos na China ajudou os negócios na segunda maior economia do planeta, mas a crise política na Coreia do Sul manteve o índice de Seul sob pressão.

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O governo chinês promove, na semana que vem, a Conferência Central de Trabalho Econômico, para discutir as metas para a atividade. O ANZ espera um orçamento adicional de 2 trilhões de yuans para ajudar o crescimento, mas avalia que o foco das autoridades será no emprego.

No aguardo do encontro, o índice Xangai Composto encerrou a sessão em alta de 1,05%, a 3.404,08 pontos, enquanto o menos abrangente Shenzhen Composto subiu 1,24%, a 2.064,65 pontos. Em Hong Kong, o Hang Seng avançou 1,56%, a 19.865,85 pontos.

Na contramão, o índice Kospi perdeu 0,56%, a 2.428,16 pontos, no terceiro dia consecutivo de perdas desde a controversa decisão do presidente sul-coreano,

Yoon Suk Yeol, de decretar e depois revogar a lei marcial. O chefe do partido de Yoon, Han Dong-hoon, defendeu o impeachment do presidente e alertou para o risco de uma nova medida autoritária.

Em Tóquio, o Nikkei cedeu 0,77%, a 39.091,17 pontos. Já o Taiex, de Taiwan, recuou 0,32%, a 23.193,27 pontos.

Na Oceania, o S&P/ASX 200 computou desvalorização de 0,64%, a 8.420,90 pontos, em Sydney.

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Europa sobe com Paris

O sinal positivo predomina entre as principais bolsas da Europa e o índice de Paris avança 1%, enquanto investidores aliviam o prêmio de risco sobre ativos franceses, após o presidente do país, Emmanuel Macron, prometer indicar um novo primeiro-ministro em breve.

Por volta das 06h20 (de Brasília), o índice Stoxx 600 subia 0,18%, a 520,50 pontos.

Em pronunciamento à nação ontem, Macron garantiu que segue na presidência até o final do mandato, em 2027, e disse estar em busca de um sucessor para Michel Barnier, que renunciou ao cargo de primeiro-ministro após perder uma moção na Assembleia Nacional. Líder da extrema-direita, Marine Le Pen disse que um novo orçamento pode ser aprovado em questão de semanas, desde que o futuro governo atenda suas demandas.

A esperança por um rápido desfecho da crise política ajuda a reduzir o spread entre o juro do título da dívida francesa de 10 anos e o equivalente alemão, agora em 74 pontos-base. No auge das turbulências, a distância chegou a se aproximar de 90 pontos-base.

Neste ambiente, o índice CAC 40 subia 1,02% no horário citado acima. Nas demais praças, porém, investidores evitam posições mais convictas, horas antes da divulgação do relatório de emprego dos EUA, o payroll. A expectativa é por uma criação de 200 mil postos de trabalho em novembro, segundo a mediana de estimativas do Projeções Broadcast.

Em Frankfurt, o índice DAX avançava 0,20%, depois de alcançar recorde intraday histórico aos 20.409,49 pontos. Mais cedo, a Alemanha informou que a produção industrial no país teve inesperada queda de 1% em outubro ante setembro.

Também no positivo, a Bolsa de Milão ganhava 0,50%. Por outro lado, Londres perdia 0,12% e Lisboa cedia 0,30%. No câmbio, o euro recuava a US$ 1,0576 e a libra oscilava praticamente estável em US$ 1,2761.

Com Estadão Conteúdo

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Guilherme Serrano

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