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Bolsas mundiais: Ásia fecha em alta e Europa opera no positivo

Bolsas asiátias. Foto: iStock.

Bolsas asiátias. Foto: iStock.

Entre as bolsas mundiais hoje (03), as asiáticas fecharam majoritariamente em alta, após comentário do presidente do Banco do Povo da China (PBoC), Pan Gongsheng, reforçar a confiança de que Pequim ampliará o apoio à segunda maior economia do planeta.

Em discurso ontem, Gongsheng se comprometeu a manter a política monetária acomodatícia e a assegurar uma liquidez “razoável” no ano que vem. As declarações aumentam as expectativas para a Conferência Central de Trabalho Econômico, na próxima semana, em que as autoridades devem discutir a meta do Produto Interno Bruto (PIB) e potenciais estímulos, de acordo com a Bloomberg.

Neste ambiente, o índice Hang Seng encerrou a sessão com valorização de 1,00%, a 19.746,32 pontos. Na China continental, o Xangai Composto subiu 0,44%, a 3.378,81 pontos, mas o menos abrangente Shenzhen Composto perdeu 0,14%, a 2.049,47 pontos.

As novas restrições do governo dos EUA ao setor de tecnologia chinês limitaram o ímpeto dos negócios no país asiático. Por outro lado, a notícia beneficiou rivais em outras praças, em um movimento que se traduziu em ganhos de mais de 1% para as principais bolsas de Japão, Coreia do Sul e Taiwan.

Em Seul, o índice Kospi subiu 1,86%, a 2.500,10 pontos, sob apoio da fabricante de chips de memórias SK Hynix (+3,84%). O Nikkei, de Tóquio, avançou 1,91%, a 39.248,86 pontos. Já o Taiex, de Taiwan, teve alta de 1,28%, a 23.027,46 pontos. Por lá, a Taiwan Semiconductor Manufacturing (TSMC) computou incremento de 1,93%.

Já na Oceania, o índice S&P/ASX 200 ganhou 0,56% em Sydney, aos 23.027,46 pontos.

Europa no positivo

As bolsas da Europa avançam e a de Frankfurt chega a atingir a inédita marca de 20 mil pontos, em linha com a escalada de ações de tecnologia. Apesar disso, a crise política na França permanece no radar, em meio ao cada vez mais provável cenário de colapso do governo liderado pelo primeiro-ministro Michel Barnier.

Pouco antes das 7h (de Brasília), o índice Stoxx 600 subia 0,51%, aos 515,25 pontos. Em destaque, o subíndice que reúne empresas do setor tecnológico avançava 1,00%, aos 804,97 pontos.

Após uma controversa manobra de Barnier para tentar aprovar o orçamento sem o aval do parlamento, dois grupos de oposição invocaram ontem um mecanismo de censura que abre caminho para voto de confiança contra a coalizão governista. A expectativa é de que a votação ocorra amanhã. A Eurasia vê apenas 20% de chance de o premiê sobreviver à moção.

O imbróglio impulsiona os juros dos títulos da dívida da França, os OATs, e mantém elevado o spread com o equivalente da Alemanha. No horário citado acima, o retorno do OAT de 10 anos avançava a 2,922% e o do Bund alemão subia a 2,062% – assim, a distância estava em 86 pontos-base, perto dos níveis mais altos desde 2012.

Mesmo assim, o Jefferies considera que os ativos franceses atravessam a tempestade política de maneira relativamente tranquila. O banco explica que especuladores já estão com um posicionamento negativo sobre o país. A eventual queda de Barnier levaria a uma paralisa na aprovação de reformas. “Mas essa situação não é muito diferente do atual governo minoritário”, pondera a instituição.

Penalizados ontem, os papéis de bancos buscam recuperação na capital francesa: BNP Paribas sobe 0,73% e Société Générale ganha 0,55%. Em Frankfurt, Ryanair avança 2,51%, após a companhia aérea revelar aumento no número de passageiros em novembro.

Tudo somado, a Bolsa de Londres subia 0,71%, Paris ganhava 0,62% e Milão aumentava 1,23%, enquanto Lisboa tinha variação positiva de 0,14%. Frankfurt ascendia 0,28%, depois de alcançar 20.038,01 pontos na máxima intraday. No câmbio, o euro se fortalecia a US$ 1,0520 e a libra, a US$ 1,2676.

Com Estadão Conteúdo

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