As bolsas globais estendem o otimismo da última segunda-feira (20) e operam em alta na manhã desta terça-feira (21), após a União Europeia (UE) aprovar um novo pacote de estímulos econômicos sem precedente. Futuros de Nova York, mercados europeus e asiáticos operam no azul.
Os líderes do bloco europeu anunciaram, na manhã desta terça, um pacote de estímulos econômicos na ordem de 750 bilhões de euros (cerca de R$ 4,57 trilhões), com o objetivo de mitigar a recessão econômica da região em função da pandemia do novo coronavírus (Covid-19), o que se reflete nas bolsas em todo o mundo.
O entendimento entre os líderes estabelece que serão destinados 390 bilhões de euros em doações para os países do bloco que estão mais fragilizados economicamente, além de 360 bilhões de euros em empréstimos a juros baixos. Essa será a primeira vez que a UE colaborará de forma massiva com o mercado de capitais.
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Dessa forma, os mercados mostram-se otimistas com a recuperação econômica das maiores economias do mundo. Por volta das 8h, o S&P 500 futuro apresentava uma alta de 0,65%, para 3.266,12 pontos. O mercado à vista do índice das 500 maiores empresas norte-americanas fechou o pregão da última segunda com uma alta de 0,84%.
No mesmo horário, o Dow Jones também subia, a 0,59%, para 26.788,0 pontos. Já a Nasdaq avançava 0,69%, a 11.027,50 pontos. A bolsa da tecnologia está em sua máxima histórica. O S&P 500 VIX, “indicador do medo” do mercado norte-americano, cai 1,62%, para 27,08 pontos.
O mercado norte-americano observou uma guinada das ações de tecnologia nos últimos dias. Após um resultado melhor do que o esperado, a IBM subiu mais de 5% no after-market da última segunda.
Segundo Luc Filip, chefe de investimentos em bancos privados do SYZ Private Banking, em entrevista ao jornal “The Wall Street Journal”, “os nomes de tecnologia tiveram um desempenho muito forte em relação ao mercado”. “Acreditamos que isso durará pelos próximos dias até que possamos ver os resultados da Microsoft e Apple”, disse.
Bolsas europeias reagem aos estímulos
Após a conclusão das demoradas negociações entre os líderes europeus, as bolsas europeias operam em forte alta. Por volta das 8h15, o DAX 30, índice alemão, operava com um avanço de 1,77%, a 13.278,10 pontos. O índice francês, CAC 40, registrava +1,24%, para 5.156,49 pontos. O britânico FTSE 100, por sua vez, apresentava subia 0,55%, para 6.295,85 pontos.
Estou muito aliviada”, disse Merkel após a conclusão das discussões. “Chegamos a uma resposta à maior crise que a UE já enfrentou”. A Europa foi o primeiro local do Ocidente onde a pandemia atuou de forma agressiva, sobretudo inicialmente na Itália e na Espanha.
A Itália, inclusive, deve ser o maior beneficiário do pacote de estímulos. O país deve receber 82 bilhões de euros em doações e aproximadamente 127 bilhões de euros em empréstimos, segundo reportou uma autoridade italiana à “Bloomberg”.
O FTSE MIB, índice italiano, operava com uma alta de 1,97%, a 21.028,50 pontos, acima do nível pré-pandemia. O Euro Stoxx 50, maior índice acionário da zona do euro, subia 1,53%, para 3.440,25 pontos.
“Este acordo envia um sinal concreto de que a Europa é uma força de ação”, disse Charles Michel, presidente do conselho de líderes da UE, em uma entrevista coletiva após o encerramento da reunião. “Acredito que este acordo será visto como um momento crucial na jornada da Europa”.
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A Ásia também acompanha a onda otimista, mas fechou com uma alta menos intensa. O SSE Composite, de Xangai, encerrou o pregão com uma alta de 0,20%, a 3.320,89 pontos.
A bolsa do Japão, Nikkei 225 encerrou o pregão com um avanço de 0,73%. A bolsa de Hong Kong encerrou o pregão com uma valorização de 2,31%. Já KOSPI, mercado da Coreia do Sul, fechou as negociações registrando +1,39%.
Às 8h20, o petróleo WTI apresentava uma forte alta de 3,10%, sendo negociado a US$ 42,19 o barril. Por sua vez, o petróleo Brent registrava um avanço de 3,14%, a US$ 44,64 o barril. O mercado da commodity volta a tomar tração enquanto as economias procuram reabrir sem observar uma segunda onda da pandemia.
Junto à expectativa por uma vacina que combata o coronavírus, as bolsas globais voltam a ficar otimistas com a recuperação econômica em razão dos esforços das autoridades mundiais em mitigar a recessão.