Bolsas globais abrem no azul com resultados trimestrais; Nasdaq sobe 0,6%
As bolsas globais abriram a semana em alta nesta segunda-feira (13), de olho no início do período de divulgação dos resultados corporativos do segundo trimestre. Os investidores aguardam a mensuração dos impactos da pandemia do novo coronavírus (Covid-19) nas empresas. Além disso, o mercado europeu também opera no azul, assim como fecharam as bolsas asiáticas.
Por volta das 7h20, a Nasdaq apresentava uma alta de 0,60%, sendo cotada a 10.901,38 pontos. A bolsa da tecnologia dos Estados Unidos segue ampliando sua máxima histórica mesmo em meio às incertezas geradas pela pandemia.
Segundo o jornal “The Wall Street Journal”, há um consenso entre os especialitas de que o segundo trimestre será o pior do ano devido ao coronavírus, mas sobem a expectativa pelo terceiro trimestre.
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“Há algum otimismo sobre os resultados futuros das empresas”, afirmou Jane Foley, estategista sênior de câmbio do Rabobank. “Os investidores desistiram do segundo trimestre, mas possuem grandes expectativas para o terceiro trimestre. O mercado pode ter que reduzir as expectativas para resultados menores”.
O Dow Jones também subia, a 0,53%, para 26.117,5 pontos. O S&P 500 futuro, por sua vez, operava com um avanço de 0,42%. Na última sexta-feira (10), o mercado à vista do índice das 500 maiores empresas norte-americanas fechou em alta de 1,05%, a 3.185,04 pontos.
Segundo Foley, a forte alta do mercado acionário das últimas semanas poderá ser atenuado nos próximos dias com um maior temor pelas perspectivas de longo prazo. “Há espaço para uma dose de realismo em algum momento”.
“Informações sobre status do crédito e falência de empresas conduzirá à realidade em relação aos efeitos da Covid-19 no final deste trimestre”, afirmou o economista.
O PepsiCo (NASDAQ: PEP) abre oficialmente a temporada de resultados nesta segunda-feira. Nesta semana, também serão divulgados os balanços de J.P. Morgan (NYSE: JPM), Bank of America (NYSE: BAC), além de companhias aéreas. Os investidores aguardam para ver se o rali das ações, iniciado em meados de março, se confirmará.
Por volta das 7h35, as bolsas europeias também operava em alta. O DAX 30, índice alemão, operava com um avanço de 0,85%, a 12.742,30 pontos. O britânico FTSE 100, por sua vez, apresentava um ganho de 1,01%, para 6.156,75 pontos. O índice francês, CAC 40, registrava +0,89%, para 5.014,54 pontos.
O Banco Central Europeu (BCE) se reunirá, na próxima quinta-feira (16), para definir os próximos passos da política monetária, com a presidente Christine Lagarde realizando uma conferência de imprensa virtual.
O FTSE MIB, índice italiano, operava com uma alta de 0,32%, a 19.830,50 pontos, atingindo o nível pré-pandemia. O Euro Stoxx 50, maior índice acionário da zona do euro, subia 0,97%, para 3.328,46 pontos.
O mercado asiático, da mesma forma, continua a tendência de alta das últimas semanas. O SSE Composite, de Xangai, encerrou o pregão com uma alta de 1,77%, a 3.443,29 pontos. Os investidores permanecem de olho nas tensões entre Estados Unidos e China.
“Fundamentalmente, a economia real permanece fraca e o caminho para a recuperação será instável”, disse Vincent Wen, gerente de investimentos da KCG Securities Asia. Na próxima quinta-feira, a China divulgará o resultado do Produto Interno Bruto (PIB) do segundo trimestre, assim como os indicadores econômicos de junho.
Na última semana, um jornal estatal especializado no mercado financeiro lembrou os investidores da importância do horizonte de longo prazo, alertando a população sobre os riscos do mercado acionário, como a bolha de 2015.
A bolsa do Japão, Nikkei 225 encerrou o pregão com uma forte alta de 2,22%. A bolsa de Hong Kong fechou com um avanço de 0,17%. Já KOSPI, mercado da Coreia do Sul, encerrou as negociações registrando +1,67%.
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Às 7h40, o petróleo WTI apresentava uma queda de 1,97%, sendo negociado a US$ 39,70 o barril. Por sua vez, o petróleo Brent registrava uma baixa de 1,78%, a US$ 42,47 o barril. As cotações da commodity procuram fortalecer a tendência de crescimento das últimas semanas após a gradual recuperação da demanda, enquanto as economias mundiais tentam reabrir.
Seguindo o viés otimista observado ao longo do mês passado, as bolsas blobais e os índices futuros norte-americanos mostram-se esperançosos em uma forte recuperação dos ativos financeiros no período pós-coronavírus.