Após o rali observado nos últimos dias, as bolsas globais operam no vermelho nesta quinta-feira (4), aguardando decisões do Banco Central Europeu (BCE). Em NY, os índices futuros operam em leve queda, interrompendo uma sequência de ganhos, ao passo que o dólar volta a se fortalecer.
Por volta das 7h15 desta quinta-feira, o S&P 500 futuro apresentava uma queda de 0,52%. Na última quarta-feira (3), o mercado à vista fechou com uma valorização de 1,36%, a 3.080,82 pontos. O índice das 500 maiores empresas dos EUA já está próximo de sua máxima histórica, atingida no período pré-coronavírus. Tal otimismo dos investidores pode ser revertido nesta quinta-feira.
Nesta manhã, serão revelados os números das solicitações de seguro-desemprego da semana encerrada na última sexta-feira (29), passando um panorama sobre o mercado de trabalho norte-americano em meio à pandemia.
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Embora o ritmo de pedidos tenha caído nas últimas semanas, é esperado a taxa de desemprego atinja 19,5%, a maior desde a Grande Depressão. As informações oficiais serão divulgadas na próxima sexta-feira (5) pelo Departamento do Trabalho.
O Dow Jones caía 0,48%, para 26.099,0 pontos. A Nasdaq, por sua vez, operava em leve baixa de 0,21%, a 9.664,00 pontos. O S&P 500 VIX, o “indicador do medo” do mercado estadunidense, sobe 1,93%, 27,52 pontos, e está no menor patamar desde o fim de fevereiro.
Após a abertura, as bolsas europeias esperam que o BCE, na reunião desta quinta-feira, expanda — ou, ao menos, complete — seu programa de recompra de ativos de 750 bilhões de euros (cerca de R$ 4,25 bilhões). Os investidores seguem atentos às declarações de Christine Lagarde, presidente da autoridade monetária da zona do euro, sobre as perspectivas para a economia da região e as pistas sobre os próximos passos da política monetária.
Às 7h40 desta quinta-feira, o DAX 30, índice alemão, operava com uma baixa de 0,71%, a 12.398 pontos. O britânico FTSE 100 apresentava uma queda de 0,24%, para 6.367,10 pontos. O índice francês, CAC 40, caía 0,60%, para 4.992 pontos.
O FTSE MIB, índice italiano, registrava um recuo de 0,94%, a 19.462,50 pontos, patamar próximo do início de março. O Euro Stoxx 50, maior índice acionário da zona do euro, por sua vez, caía 0,63%, a 3.244 pontos.
Segundo Sebastien Galy, macroestrategista da Nordea Asset Management, em entrevista ao jornal “The Wall Street Journal”, é possível que os investidores europeus estejam realizando lucros nesta quinta-feira antes de “grandes eventos”. Enquanto a maioria dos analistas entende que haverá uma expansão do programa do BCE, alguns questionam a efetividade dos recursos no estímulo à economia da zona do euro.
As bolsas asiáticas, por sua vez, fecharam de forma instável nesta quinta-feira. As tensões entre China e EUA permanecem preocupando os investidores, o que fez com que o SSE Composite, de Xangai, terminasse o pregão com uma queda de 0,14%, a 2.919,25 pontos.
Confira: Hong Kong: interferência da China atrapalha, dizem empresas dos EUA
O presidente norte-americano, Donald Trump, decidiu, na última quarta-feira (3), impedir que companhias aéreas de passageiros chineses voassem para os EUA a partir de 16 de junho.
A bolsa do Japão, Nikkei 225 encerrou o pregão com uma leve alta de 0,36%. A bolsa de Hong Kong registrou +0,17%. Já KOSPI, da bolsa da Coreia do Sul, encerrou as negociações com um avanço de 0,19%, ainda otimista com a proposta do governo sul-coreano para um orçamento extra no valor de US$ 28,9 bilhões (cerca de R$ 146,31 bilhões) para aliviar o impacto econômico da pandemia.
O petróleo WTI caía 1,85%, sendo negociado a US$ 36,61 o barril. Por sua vez, o petróleo Brent recuava 0,85%, a US$ 39,45 o barril. Os preços da commodity estão retomando a tendência de alta após a gradual recuperação da demanda, ao passo que as economias de todo o mundo reabrem.
O Ibovespa futuro abriu em leve queda nesta quinta-feira. A exemplo dos mercados internacionais, o mercado futuro do maior índice acionário da bolsa de valores brasileira, por volta das 9h05, apresentava uma baixa de 0,06%.
Nos últimos dias, as bolsas mundiais apresentaram certo otimismo no combate aos impactos da pandemia. Nesta quinta-feira, contudo, os resultados devem ser mais comedidos.