Bolsas da Ásia fecham majoritariamente em alta, de olho em desdobramentos de tarifas

As bolsas asiáticas fecharam majoritariamente em alta nesta terça-feira (29), enquanto investidores seguem acompanhando de perto desdobramentos da política tarifária dos EUA.

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O presidente dos EUA, Donald Trump, pretende suavizar o impacto de suas tarifas automotivas, segundo fontes ouvidas pelo The Wall Street Journal. Por outro lado, ainda não há sinais de negociações tarifárias entre EUA e China, por mais que Trump alegue que conversou com o presidente chinês, Xi Jinping.

Liderando os ganhos na Ásia, o índice Taiex subiu 0,99% em Taiwan, a 20.232,63 pontos, enquanto o sul-coreano Kospi avançou 0,65% em Seul, a 2.565,42 pontos, e o Hang Seng registrou leve alta de 0,16% em Hong Kong, a 22.008,11 pontos. Em Tóquio, não houve negócios devido a feriado no Japão.

Na China continental, o Xangai Composto teve perda marginal de 0,05%, a 3.286,65 pontos, em seu terceiro pregão negativo seguido, mas o menos abrangente Shenzhen Composto avançou 0,24%, a 1.902,27 pontos.

Na Oceania, a bolsa australiana ficou no azul pela quarta sessão consecutiva, com alta de 0,92% do S&P/ASX 200 em Sydney, a 8.070,60 pontos.

Bolsas: China solta vídeo falando em “não se ajoelhar”

O Ministério das Relações Exteriores da China divulgou um vídeo que parece enviar a mensagem de que a segunda maior economia do mundo não recuará no atual impasse comercial com os EUA, em meio a esperanças tímidas de uma eventual redução nas tensões tarifárias.

Em um curto vídeo intitulado “Nunca se Ajoelhe!”, divulgado pelo ministério nesta terça, um narrador diz que os EUA provocaram uma “tempestade tarifária global”, mirando Pequim ao jogar um “jogo de pausa de 90 dias” com outros países e forçá-los a limitar o comércio com a China.

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No último dia 9, o presidente dos EUA, Donald Trump, autorizou uma suspensão de 90 dias de tarifas recíprocas para todos os parceiros comerciais, exceto a China. Pequim impôs tarifas de 125% ao produtos americanos, em retaliação às tarifas de 145% de Washington a produtos chineses.

Recentemente, a adoção de uma retórica mais suave por Trump em relação à China gerou certo otimismo sobre a possibilidade de um acordo. Autoridades chinesas sinalizaram que a porta está aberta para negociações, mas não sob coação, e ainda não está claro se houve algum progresso.

O vídeo desta terça apareceu na conta oficial do Ministério das Relações Exteriores chinês na rede social Weibo, depois de o secretário do Tesouro, Scott Bessent, dizer à CNBC que cabe à China reduzir as tensões.

“Acredito que cabe à China reduzir as tensões, porque eles vendem cinco vezes mais para nós do que nós vendemos para eles”, disse Bessent à emissora americana, classificando as tarifas de insustentáveis.

Citando disputas anteriores entre os EUA e outros países, o vídeo chinês diz também que “concessões não trazem misericórdia” e que “ajoelhar-se somente atrai mais intimidação”. Fonte: Dow Jones Newswires.

Com Estadão Conteúdo

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Redação Suno Notícias

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