As bolsas de Nova York não tiveram sinal único, nesta quarta-feira. Com balanços em foco, o papel da Netflix teve queda de 35,12%, após a empresa informar, depois do fechamento de terça, sobre queda na receita e perda de assinantes. Por outro lado, outros resultados corporativos agradaram, enquanto investidores monitoraram declarações do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) e a publicação do Livro Bege, que embasa as decisões de política monetária da instituição.
O índice Dow Jones fechou em alta de 0,71%, a 35.160,79 pontos, o S&P 500 caiu 0,06%, a 4459,45 pontos, e o Nasdaq recuou 1,22%, a 13.453,07 pontos.
A ação da Netflix sofreu o forte tombo após balanço, divulgado depois do fechamento da terça-feira. O resultado mostra perda de 200 mil usuários e projeção de perder outros 2 milhões no segundo trimestre, Ontem, no after hours, após a divulgação do balanço da empresa de streaming, as ações da Netflix já desabaram mais de 25%. Na sessão desta quarta, o papel foi bastante penalizado, com vários bancos e corretoras revendo o preço-alvo. O resultado pesou no Nasdaq.
Não só na Nasdaq: o resultado da Netflix levaram outras empresas para baixo na Nasdaq. Entre outros papéis importantes de serviços de comunicação e tecnologia, Meta(FBOK34) recuou 7,77%, Apple (AAPL34) caiu 0,10%, Amazon (AMZO34) cedeu 2,60% e Alphabet (GOGL34), 1,51%. Antes de publicar resultados, Tesla (TSLA34) recuou 4,99%.
Por outro lado, o papel da Procter & Gamble (PGCO34) subiu 2,66% nesta quarta, após balanço que agradou investidores das bolsas de NY.
Em outros setores, o financeiro subiu, com Citigroup (CTGP34) em alta de 0,34%, Morgan Stanley (MSBR34) de 1,91% e Goldman Sachs (GSGI34), de 1,52%. No setor de energia, Chevron (CHVX34) avançou 0,41% e ExxonMobil, 0,23%.
Declarações do Federal Reserve foram monitoradas pelos investidores das bolsas de NY, com dirigentes renovando a preocupação com a inflação e o desejo de apertar a política monetária para conter o quadro, o que tende a pressionar as ações. O Livro Bege apontou para a persistência das pressões inflacionárias, mas não influiu muito nas bolsas nesta quarta.
Com Estadão Conteúdo
