As Bolsas de NY encerraram o pregão desta quinta-feira (15) em queda, devolvendo a fraca recuperação de ontem.
O mercado americano segue preocupado com o ritmo de aperto monetário nos EUA, a menos de uma semana da próxima reunião do Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc, na sigla em inglês) do Federal Reserve (Fed), que deve elevar os juros em 75 pontos-base pela terceira reunião consecutiva, segundo sugerem as expectativas do mercado.
- O índice Dow Jones recuou 0,56%, a 30.961,82 pontos;
- S&P 500 fechou em queda de 1,13%, a 3.901,35 pontos; e
- Nasdaq cedeu 1,43%, a 11.552,36 pontos.
“Ações nos EUA caíram com os investidores olhando para uma economia enfraquecida que será testada por um Fed que combate a inflação”, resume o analista Edward Moya, da Oanda.
Ele destaca que os dados divulgados hoje apenas reforçaram o aperto agressivo do BC americano, já que mostraram um mercado de trabalho ainda forte e um consumo resistente. Ao mesmo tempo, a produção industrial mostrou queda inesperada.
Em meio ao período de silêncio do Federal Reserve, os dados de hoje não foram suficientes para alterar as expectativas do mercado, que ainda projeta majoritariamente (80%) chance de elevação de 75 pontos-base do juro americano, com possibilidade menor (20%) para alta de um ponto porcentual, segundo levantamento do CME Group.
Para a Capital Economics, o destino do mercado acionário em Wall Street dependerá de uma combinação da ação do Fed, seus impactos na economia real e o valuation inicial das ações. Neste contexto, a casa não espera uma recuperação dos índices antes de meados do ano que vem.
Entre empresas específicas, destacou-se hoje a baixa ao redor de 17% da Adobe, após a companhia anunciar a compra da Figma, uma plataforma online de design de aplicativos, por US$ 20 bilhões em dinheiro e ações.
Os setores de tecnologia e energia puxaram a queda hoje nas bolsas de NY, enquanto as techs eram pressionadas pela expectativa por aumento de juros, petroleiras como Chevron (-1,62%) e ExxonMobil (-2,91%) seguiram o movimento do petróleo no mercado futuro.
(Com informações do Estadão Conteúdo)