As bolsas de valores da Europa abrem esta manha de sexta-feira (7) em baixa, depois de acumularem ganhos nos dois pregões anteriores em meio a expectativas de corte de juros pelo Banco Central Europeu (BCE).
O corte de juros para a zona do euro se confirmou ontem, à medida que investidores mudam o foco agora para novos dados do mercado de trabalho dos EUA.
Por volta das 6h30 (de Brasília), o índice pan-europeu Stoxx 600 recuava 0,36%, a 522,81 pontos.
Um dia após o BCE cortar seus juros pela primeira vez desde 2019, como se previa, as atenções se voltam para o relatório de emprego dos EUA, o chamado payroll, que será divulgado no meio da manhã e costuma ter forte influência no rumo dos juros básicos americanos. Por enquanto, continua prevalecendo a aposta de que o Federal Reserve (Fed) começará a reduzir juros em setembro.
Seguindo a linha da presidente do BCE, Christine Lagarde, outros dirigentes da instituição adotaram tom cauteloso hoje em relação a possíveis novos cortes de juros. Em discurso mais cedo, Isabel Schnabel ecoou Lagarde ao dizer que o BCE não pode se comprometer antecipadamente com uma trajetória específica para os juros, visto que a perspectiva da inflação na zona do euro “continua incerta”. O presidente do BC alemão, Joaquim Nagel, por sua vez, disse que o BCE não toma decisões de política monetária no “piloto automático”.
No noticiário macroeconômico, a Eurostat confirmou que o PIB da zona do euro cresceu 0,3% no primeiro trimestre de 2024 ante os últimos três meses do ano passado, como já haviam apontado levantamentos anteriores. Na Alemanha, a indústria sofreu uma pequena, mas inesperada queda na produção de abril.
Às 6h45 (de Brasília), a Bolsa de Londres caía 0,63%, a de Paris recuava 0,74% e a de Frankfurt cedia 0,75%. Já as de Milão, Madri e Lisboa tinham perdas de 0,61%, 0,37% e 1,11%, respectivamente.
Bolsas da Ásia estão mistas, após dados chineses e aguardo do payroll
As bolsas de valores na Ásia encerraram esta semana sem direção única, após o pregão desta sexta-feira (7) balançar com dados mistos da balança comercial chinesa e à espera de importante pesquisa sobre o mercado de trabalho dos EUA.
O índice japonês Nikkei teve leve baixa de 0,05% em Tóquio, a 38.683,93 pontos, pressionado por ações financeiras e do setor automotivo, enquanto o Hang Seng recuou 0,59% em Hong Kong, a 18.366,95 pontos, e o Taiex caiu 0,20% em Taiwan, a 21.858,38 pontos. Por outro lado, o Kospi avançou 1,23% em Seul, a 2.722,67 pontos, com a ajuda de ações de semicondutores, transporte marítimo e baterias, ao voltar de um feriado na Coreia do Sul.
Na China continental, os mercados tiveram ganhos apenas marginais, graças ao bom desempenho de incorporadoras e varejistas. O Xangai Composto subiu 0,08%, a 3.051,28 pontos, e o menos abrangente Shenzhen Composto garantiu alta de 0,10%, a 1.679,31 pontos.
Em maio, as exportações chinesas superaram as expectativas, com um salto anual de 7,6%, mas as importações ficaram aquém do previsto, com aumento de 1,8%.
No meio da manhã de hoje, investidores da Ásia e de outras partes do mundo vão acompanhar o relatório mensal de emprego dos EUA, o chamado payroll, que costuma ter forte influência na trajetória dos juros básicos americanos.
Na Oceania, a bolsa australiana ficou no azul, bem próxima de sua máxima histórica, em meio à força de ações de empresas com alto valor de mercado. O S&P/ASX 200 avançou 0,49% em Sydney, a 7.860,00 pontos.
Com informações de Estadão Conteúdo.