Bolsas da Ásia e Pacífico fecham majoritariamente em baixa, após tombo em NY; Bolsas da Europa sobem

As bolsas da Ásia e do Pacífico encerraram os negócios desta quarta-feira majoritariamente em baixa, após dados de inflação dos EUA mais fortes do que o esperado derrubarem Wall Street ontem.

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O índice japonês Nikkei caiu 0,69% em Tóquio, a 37.703,32 pontos, depois de renovar máxima em 34 anos no pregão anterior, e o sul-coreano Kospi recuou 1,10% em Seul, a 2.620,42 pontos. Na Oceania, o mercado australiano ficou no vermelho pelo terceiro dia seguido, com queda de 0,74% do S&P/ASX 200 em Sydney, a 7.547,70 pontos.

A falta de apetite por risco veio após as bolsas de Nova York sofrerem perdas de até quase 2% ontem, em reação a números da inflação ao consumidor (CPI) dos EUA acima das expectativas, que adiaram a precificação de um corte de juros pelo Federal Reserve (Fed, o banco central americano).

A exceção na Ásia hoje foi o Hang Seng, que avançou 0,84% em Hong Kong, a 15.879,38 pontos, na volta de feriados.

Os mercados da China continental e de Taiwan, por sua vez, seguem fechados em função do feriado do ano novo lunar.

Bolsas da Europa sobem após CPI britânico, com balanços e juros também no radar

As bolsas europeias operam em alta modesta na manhã desta quarta-feira, após iniciarem os negócios sem direção única, enquanto investidores avaliam novos dados da inflação britânica, que vieram abaixo do esperado, assim como balanços corporativos da região e comentários sobre política monetária.

Por volta das 6h40 (de Brasília), o índice pan-europeu Stoxx 600 avançava 0,28%, a 484,16 pontos.

Mais cedo, pesquisa mostrou que a taxa anual da inflação ao consumidor (CPI) do Reino Unido ficou em 4% em janeiro, inalterada ante o mês anterior e abaixo das expectativas. O dado positivo melhora as chances de o Banco da Inglaterra (BoE) começar a reduzir juros mais adiante. O presidente do BoE, Andrew Bailey, discursa hoje no Parlamento britânico.

Ontem, números do CPI dos EUA mais fortes do que o previsto adiaram para junho a precificação de um primeiro corte de juros pelo Federal Reserve (Fed, o BC americano) e derrubaram as bolsas de Nova York.

Ainda no âmbito da política monetária, o vice-presidente do Banco Central Europeu (BCE), Luis de Guindos, disse hoje que a inflação da zona do euro está no caminho certo, mas que é preciso ficar atento a fatores de riscos e não se precipitar, sinalizando mais uma vez que a instituição não tem pressa de reduzir juros.

Em relação à temporada de balanços, destaque positivo para o ABN Amro, cuja ação saltava mais de 5% em Amsterdã, no horário acima, após o banco holandês agradar com seus últimos resultados. O papel da também holandesa Heineken, por outro lado, sofria um tombo de 5,5%, após a cervejaria apresentar lucro anual menor do que o esperado.

Logo mais, investidores vão acompanhar revisão do Produto Interno Bruto (PIB) da zona do euro e atualização da produção industrial do bloco.

Às 6h54 (de Brasília), a Bolsa de Londres subia 0,67%, a de Paris avançava 0,37% e a de Frankfurt tinha leve ganho de 0,08%. Já as de Milão e Madri exibiam altas de 0,39% e 0,38%, respectivamente. Exceção, a de Lisboa caía 0,14%.

Por Sergio Caldas

(Com informações da Dow Jones Newswires e Estadão Conteúdo)

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João Vitor Jacintho

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