Bolsas da Ásia fecham sem direção única; China segura pacote de estímulos

As bolsas asiáticas fecharam sem direção única nesta segunda-feira (28), à medida que investidores mantêm a cautela em meio a incertezas sobre a guerra comercial entre EUA e China.

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O índice japonês Nikkei subiu 0,38% em Tóquio, a 35.839,99 pontos, enquanto o sul-coreano Kospi teve leve avanço de 0,10% em Seul, a 2.548,86 pontos, o Taiex registrou ganho de 0,81% em Taiwan, a 20.034,41 pontos, e o Hang Seng ficou praticamente estável em Hong Kong, com baixa marginal de 0,04%, a 21.971,96 pontos.

Na Oceania, a bolsa australiana garantiu o terceiro pregão consecutivo de ganhos, ao voltar de um feriado. O S&P/ASX 200 avançou 0,36% em Sydney, a 7.997,10 pontos.

Já na China continental, os mercados ficaram no vermelho, apesar de recente promessa de líderes locais de acelerar a implementação de medidas de estímulo econômico. O Xangai Composto caiu 0,20%, a 3.288,41 pontos, e o menos abrangente Shenzhen Composto recuou 0,93%, a 1.897,75 pontos.

O presidente dos EUA, Donald Trump, alega que vem negociando a disputa tarifária com a China, enquanto Pequim categoricamente nega que tenha iniciado discussões a respeito.

Com tarifas no centro das atenções, dados animadores da China ficaram em segundo plano: o lucro industrial chinês teve expansão anual de 2,6% em março, após queda de 0,3% vista no primeiro bimestre. Como resultado, o lucro de grandes empresas industriais chinesas ao longo do primeiro trimestre subiu 0,8% ante igual período do ano passado.

Bolsas esperam pacote de estímulos, mas China segura anúncio oficial

Os formuladores de políticas da China parecem não ter pressa em implementar políticas que podem ajudar a estabilizar a economia em crise, apesar de as tarifas dos Estados Unidos começarem a pesar sobre o país.

Analistas afirmam que Pequim está em “modo de espera”, dada a falta de clareza sobre a política comercial americana e diante das esperanças de um acordo entre as duas potências econômicas. “A situação ainda é bastante fluida, já que Trump enviou uma série de sinais de redução da tensão na guerra comercial entre EUA e China”, afirma a Nomura.

Na mesma direção, líderes chineses disseram que sinais de estresse econômico estão surgindo, mas querem mais tempo para avaliar os danos. As políticas anunciadas no início do ano, porém, dão ao país um tempo para planejar o próximo passo. Em março, foram aprovadas mais medidas para ajudar a impulsionar a demanda na economia, incluindo programas expandidos de troca de bens de consumo e atualização de equipamentos.

Por outro lado, os analistas mencionam que um movimento com muita cautela “carrega seus próprios riscos”. “O risco é que o governo possa ficar para trás na curva enquanto espera, levando o sentimento do mercado e das famílias a sofrer,” defende a Gavekal Dragonomics.

Após a conclusão da reunião de abril do Politburo na semana passada, os mercados acionários caíram, sinalizando decepção com o resultado do primeiro encontro do órgão decisório desde que as tarifas foram anunciadas.

Com Estadão Conteúdo

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Redação Suno Notícias

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