As bolsas da Ásia fecharam esta terça-feira (4) com sinais mistos. Ações do setor imobiliário movimentaram o pregão chinês e de Hong Kong.
Na China continental, o índice Xangai Composto subiu 0,41%, a 3.091,20 pontos, e o menos abrangente Shenzhen Composto avançou 0,45%, a 1.726,92 pontos. Destacaram-se incorporadoras como Poly Developments & Holdings Group (+3,1%) e China Vanke (+3,3%).
Para analistas do UBS, uma estabilização gradual das vendas de imóveis na China durante os próximos dois trimestres, após uma série de medidas de estímulos, poderá levar a uma recuperação da confiança das famílias e do consumo, o que tenderia a favorecer as ações chinesas.
Em Hong Kong, o Hang Seng teve modesta alta de 0,22%, a 18.444,11 pontos, com ganhos também liderados por incorporadoras. Longfor Group e China Resources Land saltaram 3,8% e 4%, respectivamente.
Em outras partes da Ásia, o dia foi de perdas: o japonês Nikkei caiu 0,22% em Tóquio, a 38.837,46 pontos, pressionado por ações financeiras e de energia, o sul-coreano Kospi recuou 0,76% em Seul, a 2.662,10 pontos, sob o peso de ações dos setores varejista e automotivo, e o Taiex cedeu 0,84% em Taiwan, a 21.356,62 pontos.
Bolsa europeias operam em baixa hoje
As bolsas europeias operam em baixa na manhã de hoje pressionadas por ações de petrolíferas, ao mesmo tempo em que investidores demonstram cautela antes de uma decisão de juros do Banco Central Europeu (BCE) nesta semana.
Por volta das 6h35 (de Brasília), o índice pan-europeu Stoxx 600 recuava 0,81% a 515,62 pontos, interrompendo uma sequência de três pregões de ganhos. Apenas o subíndice de energia tinha queda de 2,74%, acompanhando a fraqueza do petróleo, em meio a temores de que parte dos países da Opep+ possam ampliar sua oferta mais adiante.
Entre gigantes do setor petrolífero, as britânicas BP e Shell amargavam perdas de 3,75% e 2,40% em Londres, no horário acima, enquanto a francesa TotalEnergies caía 2,6% em Paris.
Um sentimento de aversão a risco também ganhou força na Europa antes de o BCE fazer seu anúncio de política monetária, na quinta-feira (06). É amplamente esperado que o BCE corte os juros básicos da zona do euro em 25 pontos-base, mas surgiram incertezas sobre possíveis novas reduções após a inflação do bloco acelerar em maio.
Às 6h52 (de Brasília), a Bolsa de Londres caía 0,67%, a de Paris recuava 0,95% e a de Frankfurt cedia 1,21%. Já as de Milão, Madri e Lisboa mostravam baixas de 1,40%, 1,46% e 1,33%, respectivamente.
Bolsa australiana também no vermelho
Na Oceania, a bolsa australiana ficou no vermelho, influenciada por ações de petrolíferas e de produtoras de minério de ferro. O S&P/ASX 200 caiu 0,31% em Sydney, a 7.737,10 pontos.
Com informações da Dow Jones Newswires e Estadão Conteúdo