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Bolsas asiáticas se recuperam parcialmente de tombos da véspera; Europa cai

Bolsas asiáticas China. Foto: iStock

Bolsas asiáticas China. Foto: iStock

A bolsa japonesa se recuperou com força nesta terça-feira, após despencar no pregão anterior em meio a temores sobre uma possível recessão nos EUA que derrubaram os mercados acionários globais. Outras bolsas asiáticas também se recuperaram parcialmente, mas de forma mais moderada, aparentemente se estabilizando após a violenta onda de volatilidade que teve início no fim da semana passada.

O índice japonês Nikkei saltou 10,23% em Tóquio, a 34.675,46 pontos, assegurando o maior ganho diário desde outubro de 2008, após o tombo de 12,4% de ontem deflagrar busca por ações baratas e o iene devolver parte dos recentes ganhos que acumulou ante o dólar. Ações de eletrônicos e da indústria pesada se destacaram no Japão: Tokyo Electron e Hitachi dispararam quase 17%.

Em outras partes da Ásia, o sul-coreano Kospi avançou 3,30% em Seul, a 2.552,15 pontos, e o Taiex subiu 3,38% em Taiwan, a 20.501,02 pontos.

Na China continental, que foram menos afetadas pelo tumulto global dos últimos dias, os ganhos foram mais modestos. O Xangai Composto subiu 0,23%, a 2.867,28 pontos, e o menos abrangente Shenzhen Composto avançou 1,18%, a 1.567,03 pontos.

Na contramão, o Hang Seng caiu 0,31% em Hong Kong, a 16.647,34 pontos.

Em pregões recentes, os mercados asiáticos e de outras partes do mundo ficaram pressionados após dados econômicos fracos dos EUA gerarem temores de que a economia americana pudesse estar rumando para uma recessão. Assustou particularmente o último relatório de emprego dos EUA, que foi divulgado na sexta-feira (02) e veio bem pior do que o esperado. Ontem, porém, um indicador positivo do setor de serviços ajudou a amenizar as preocupações sobre a saúde econômica dos EUA.

Na Oceania, a bolsa australiana ficou no azul, após o RBA – como é conhecido o banco central local – deixar seu juro básico inalterado em 4,35%. O S&P/ASX 200 avançou 0,41% em Sydney, a 7.680,60 pontos, mas reverteu apenas uma fração do tombo de 3,70% que sofreu ontem.

Bolsas da Europa passam a cair de forma generalizada após dado fraco do varejo

As bolsas europeias passaram a operar em baixa generalizada após um indicador decepcionante do varejo da zona do euro, revertendo ganhos do começo do pregão desta terça-feira, em uma evidência de que investidores seguem sensíveis após as robustas perdas recentes que as ações da região acumularam em meio a temores sobre a saúde dos EUA.

Por volta das 6h45 (de Brasília), o índice pan-europeu Stoxx 600 caía 0,30%, a 485,57 pontos.

Nos últimos pregões, os mercados europeus e de outras partes do mundo ficaram pressionados após dados fracos dos EUA, em especial do mercado de trabalho, gerarem temores sobre uma possível recessão na maior economia do mundo.

Ontem, porém, um indicador positivo do setor de serviços ajudou a amenizar as preocupações com os EUA, o que pode ter contribuído para a abertura positiva na Europa hoje. Além disso, antes do início dos negócios europeus, as encomendas à indústria alemã surpreenderam com um avanço de 3,9% em junho, bem maior do que o esperado e o primeiro resultado positivo do ano.

No começo da manhã, porém, as bolsas europeias perderam força e o euro foi às mínimas do dia ante o dólar após pesquisa da Eurostat mostrar que as vendas no varejo da zona do euro tiveram uma inesperada queda de 0,3% em junho ante maio.

Já os índices futuros das bolsas de Nova York devolveram boa parte dos ganhos de mais cedo nas últimas horas, mostrando altas em torno de 0,20% a 0,30%, depois de avançarem mais de 1% durante a madrugada.

Às 6h50 (de Brasília), a Bolsa de Londres caía 0,30%, a de Paris recuava 0,56% e a de Frankfurt cedia 0,27%. Já as de Milão, Madri e Lisboa tinham perdas de 0,74%, 0,81% e 0,83%, respectivamente.

*Com informações da Dow Jones Newswires e Estadão Conteúdo

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