Bolsas asiáticas fecham em queda, após desistência de Biden e corte de juros na China

As bolsas asiáticas fecharam majoritariamente em baixa nesta segunda-feira, enquanto investidores avaliavam o quadro político dos EUA, após a desistência do presidente Joe Biden de buscar a reeleição, e digeriam um inesperado corte de juros na China.

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Ontem, Biden decidiu não concorrer a um segundo mandato na eleição presidencial dos EUA em novembro e anunciou apoio à vice-presidente Kamala Harris para ser sua substituta como candidata do Partido Democrata. Se confirmada, Kamala Harris enfrentará o ex-presidente Donald Trump, que desponta como favorito nas pesquisas de opinião.

Horas depois, no fim da noite de domingo (pelo horário de Brasília), o banco central chinês (PBoC) inesperadamente reduziu suas principais taxas de juros em 10 pontos-base, uma semana depois de dados mostrarem que o Produto Interno Bruto (PIB) da China não apenas desacelerou, como avançou em ritmo bem mais fraco do que o esperado no segundo trimestre.

Apesar do estímulo monetário, os mercados chineses ficaram no vermelho hoje, pressionados por ações de petrolíferas. O Xangai Composto recuou 0,61%, a 2.964,22 pontos, e o menos abrangente Shenzhen Composto caiu 0,10%, a 1.608,49 pontos. No setor energético, PetroChina e Cnooc tombaram 3% e 3,4%, respectivamente. Na sexta-feira (19), as cotações do petróleo sofreram perdas de cerca de 3%.

Em Hong Kong, por outro lado, o Hang Seng reagiu em alta à surpresa do PBoC e avançou 1,25%, a 17.635,88 pontos.

Em outras partes da Ásia, o índice japonês Nikkei teve baixa de 1,16% em Tóquio, a 39.599,00 pontos, o sul-coreano Kospi cedeu 1,14% em Seul, a 2.763,51 pontos, e o Taiex registrou queda mais expressiva em Taiwan, de 2,68%, a 22.256,99 pontos.

Na Oceania, a bolsa australiana seguiu o viés negativo da Ásia, também sob o peso do setor petrolífero. O S&P/ASX 200 caiu 0,50% em Sydney, 7.931,70 pontos.

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Bolsas da Europa ensaiam recuperação

As bolsas europeias operam em alta na manhã desta segunda-feira, ensaiando recuperação depois de acumularem significativas perdas na semana passada, enquanto investidores avaliam as implicações da desistência do presidente dos EUA, Joe Biden, de buscar a reeleição e digerem um inesperado corte de juros na China.

Por volta das 6h30 (de Brasília), o índice pan-europeu Stoxx 600 avançava 0,93%, a 514,80 pontos, depois de registrar sua maior queda semanal de 2024 na sexta-feira (19). Apenas o subíndice de construção se destacava, com ganho de 1,36%.

Às 6h43 (de Brasília), a Bolsa de Londres subia 0,54%, a de Paris avançava 1,16% e a de Frankfurt ganhava 1,20%. Já as de Milão, Madri e Lisboa tinham altas de 0,88%, 0,69% e 0,54%, respectivamente.

Em contraste com o ambiente de apetite por risco, a ação da Ryanair tombava quase 15% em Dublin, após a companhia aérea de baixo custo irlandesa divulgar forte queda nos lucros e reduzir sua projeção para tarifas aéreas. A Ryanair é a maior do setor na Europa em termos de números de passageiros.

*Com informações da Dow Jones Newswires e Estadão Conteúdo

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Guilherme Serrano

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