Bolsas asiáticas fecham mistas, com forte queda em Tóquio; Europa estende ganhos

As bolsas asiáticas fecharam sem direção única nesta sexta-feira (12), à medida que a de Tóquio interrompeu uma sequência de máximas históricas, depois de forte avanço do iene, e as chinesas pouco se alteraram após dados locais mistos de comércio externo.

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Liderando as perdas na Ásia, o índice japonês Nikkei caiu 2,45% em Tóquio, a 41.190,68 pontos, pressionado por ações de eletrônicos e financeiras, depois de avançar a níveis recordes nos três pregões anteriores. Ontem, o iene se fortaleceu de maneira incomumente acentuada após o relatório de inflação ao consumidor (CPI) dos EUA, que veio abaixo do esperado, gerando especulação sobre possível intervenção cambial por parte do governo do Japão. O ministro de Finanças do país, Masato Kanda, não quis comentar o assunto.

Na China continental, o Xangai Composto terminou a sessão em alta marginal de 0,03%, a 2.971,30 pontos, enquanto o menos abrangente Shenzhen Composto apresentou modesta baixa de 0,14%, a 1.617,48 pontos, na esteira de números da balança comercial. Em junho, as exportações chinesas mostraram expansão anual de 8,6%, maior do que se previa, mas as importações sofreram uma inesperada queda de 2,3%. Investidores também estão na expectativa pela reunião mais importante do ano do Partido Comunista Chinês, o Terceiro Plenário, que começa na segunda-feira (15).

Em outras partes da região asiática, o Hang Seng avançou 2,59% em Hong Kong, a 18.293,38 pontos, com a ajuda de ações de tecnologia, enquanto o sul-coreano Kospi recuou 1,19% em Seul, a 2.857,00 pontos, após três dias seguidos de ganhos, e o Taiex amargou perda de 1,94% em Taiwan, a 23.916,93 pontos.

O comportamento misto da Ásia também veio após as bolsas de Nova York fecharem em direções opostas ontem. O Dow Jones teve leve alta, mas tanto o S&P 500 quanto o Nasdaq – que é focado em tecnologia – recuaram, em um possível movimento de correção após atingirem uma série de recordes em pregões recentes.

Na Oceania, a bolsa australiana não apenas ficou no azul hoje, como alcançou patamar inédito, impulsionada por ações de 11 das 12 maiores empresas em capitalização de mercado. O S&P/ASX 200 avançou 0,88%, a 7.959,30 pontos, superando o recorde anterior, de março.

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Europa estende ganhos

As bolsas europeias operam em alta na manhã desta sexta-feira, estendendo ganhos dos dois pregões anteriores, ainda animadas com a maior possibilidade de cortes de juros nos EUA e também impulsionadas por ações de telecomunicações.

Por volta das 6h25 (de Brasília), o índice pan-europeu Stoxx 600 avançava 0,18%, a 520,44 pontos, liderado por ganhos de 0,70% do subíndice de telecomunicações. No setor, a sueca Ericsson se destacava, com salto de 3,6% em Estocolmo, após superar expectativas de receita.

O apetite por risco na Europa persiste após dados da inflação ao consumidor (CPI) dos EUA, divulgados ontem, virem abaixo do esperado, melhorando as chances de que o Federal Reserve (Fed, o banco central americano) comece a reduzir juros neste semestre, possivelmente a partir de setembro.

Hoje, os EUA divulgam números da inflação ao produtor (PPI) e pesquisa sobre confiança do consumidor, que também traz expectativas de inflação.

Também no radar dos europeus, está a temporada de balanços dos EUA. Grandes bancos americanos, incluindo JPMorgan, publicam resultados trimestrais nesta manhã.

Às 6h42 (de Brasília), a Bolsa de Londres subia 0,18%, a de Paris avançava 0,55% e a de Frankfurt ganhava 0,20%. Já as de Milão e Madri tinham altas de 0,29% e 0,36%, respectivamente. Exceção, a de Lisboa caía 0,09%.

*Com informações da Dow Jones Newswires e Estadão Conteúdo

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Guilherme Serrano

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