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Bolsas asiáticas fecham mistas, à espera de dados de inflação; Europa amplia perdas pressionada por risco político

Bolsas asiátias. Foto: iStock.

Bolsas asiátias. Foto: iStock.

As bolsas asiáticas fecharam sem direção única nesta terça-feira (11), à espera de dados de inflação da China e dos EUA, assim como de anúncios de política monetária dos bancos centrais americano e japonês.

Na China continental, os mercados voltaram de um feriado com desempenho misto: o índice Xangai Composto caiu 0,76%, a 3.028,05 pontos, mas o menos abrangente Shenzhen Composto avançou 0,29%, a 1.684,15 pontos.

Em outras partes da Ásia, o japonês Nikkei subiu 0,25% em Tóquio, a 39.134,79 pontos, e o sul-coreano Kospi teve leve ganho de 0,15%, a 2.705,32 pontos, enquanto o Hang Seng apresentou queda de 1,04% em Hong Kong, a 18.176,34 pontos, e o Taiex recuou 0,30% em Taiwan, a 21.792,12 pontos.

Investidores aguardam novos dados chineses de inflação ao consumidor (CPI) e ao produtor (PPI), a ser divulgados no fim da noite desta terça. Amanhã (12), a atenção vai se voltar para a atualização do CPI dos EUA e decisão de juros do Federal Reserve (Fed, o BC americano). Mais adiante, na sexta-feira (14), será a vez de o Banco do Japão (BoJ) revisar sua política monetária. As expectativas são de que tanto o Fed quanto o BoJ deixem seus juros inalterados.

Na Oceania, a bolsa australiana sofreu hoje sua maior queda em um pregão desde abril, pressionada por ações de mineradoras de ouro e de bancos. O S&P/ASX 200 caiu 1,33% em Sydney, a 7.755,40 pontos.

Europa amplia perdas

As bolsas europeias operam em baixa na manhã desta terça-feira, após uma frustrada tentativa de recuperação na abertura do pregão e ampliando perdas de ontem, à medida que a convocação antecipada de eleições na França ainda pesa no sentimento e investidores seguem aguardando a decisão de juros do Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA) e novos dados da inflação ao consumidor (CPI) americano.

Por volta das 6h50 (de Brasília), o índice pan-europeu Stoxx 600 caía 0,46%, a 519,77 pontos.

O apetite por risco continua limitado após o presidente da França, Emmanuel Macron, decidir antecipar as eleições legislativas em reação à derrota de seu partido para a extrema direita nas eleições parlamentares da União Europeia, encerradas no último fim de semana. Agremiações de extrema direita também avançaram nas urnas na Alemanha e em outras partes do bloco.

Há expectativa também para o anúncio de política monetária do Fed, na quarta-feira (12). O BC americano provavelmente deixará seus juros básicos inalterados pela sétima vez consecutiva, mas publicará gráfico com projeções para as taxas. Também amanhã, horas antes da decisão do Fed, será conhecido o CPI dos EUA referente a maio.

De volta à Europa, dados de mais cedo mostraram que a taxa de desemprego do Reino Unido subiu marginalmente nos três meses até abril, para 4,4%, enquanto os salários tiveram avanço anual de 6%, repetindo a variação do trimestre anterior. O Banco da Inglaterra (BoE) volta a revisar seu juro na próxima semana.

Já a presidente do Banco Central Europeu (BCE), Christine Lagarde, alertou, em entrevista a um jornal alemão divulgada hoje, que os juros da zona do euro poderão ficar inalterados por mais uma de reunião, após o corte de 25 pontos-base anunciado na semana passada, uma vez que mais dados, em especial sobre salários, precisam ser monitorados.

Às 7h06 (de Brasília), a Bolsa de Londres caía 0,69%, a de Paris recuava 0,81% e a de Frankfurt cedia 0,66%. Já as de Milão, Madri e Lisboa tinham perdas de 1,14%, 1,35% e 0,92%, respectivamente.

*Com informações da Dow Jones Newswires e Estadão Conteúdo

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