As bolsas asiáticas fecharam sem direção única nesta quarta-feira (24), com mercado de Hong Kong ampliando ganhos no fim do pregão, quando o banco central chinês (PBoC) anunciou uma redução da taxa de compulsório bancário.
Esse cenário pode influenciar nas negociações do Ibovespa hoje. Na véspera, o índice fechou em alta de 1,31%, aos 128.262,52 pontos.
Liderando os ganhos na Ásia, o Hang Seng saltou 3,56% em Hong Kong, a 15.899,87 pontos, ganhando força na etapa final da sessão, quando o PBoC anunciou um corte de 50 pontos-base no compulsório bancário, válido a partir de 5 de fevereiro.
Na China continental, onde os negócios já estavam encerrados quando veio o anúncio do PBoC, o Xangai Composto subiu 1,80%, a 2.820,77 pontos, e o menos abrangente Shenzhen Composto avançou 1,25%, a 1.646,86 pontos, sustentados ainda por notícias de que Pequim planeja medidas para ajudar os mercados acionários locais, que sofreram fortes perdas recentes.
Em outras partes da região asiática, o japonês Nikkei caiu 0,80% em Tóquio, a 32.226,48 pontos, pressionado por ações do setor imobiliário, enquanto o sul-coreano Kospi recuou 0,36% em Seul, a 2.469,69 pontos, com quedas em papéis de transporte marítimo, siderurgia e defesa. O Taiex ficou praticamente estável em Taiwan, com alta marginal de 0,01%, a 17.875,83 pontos.
Na Oceania, a bolsa australiana teve ligeira alta, mas assegurou seu quarto pregão consecutivo de ganhos. O S&P/ASX 200 avançou 0,06% em Sydney, a 7.519,20 pontos.
PBoC anuncia corte de compulsório bancário
O Banco do Povo da China (PBoC, o BC chinês) anunciou nesta quarta-feira que irá reduzir o montante de depósitos que bancos locais precisam separar como reservas, em mais uma tentativa de impulsionar o crescimento da segunda maior economia do mundo.
Em coletiva de imprensa, o presidente do PBoC, Pan Gongsheng, disse que a taxa de compulsório bancário será reduzida em 50 pontos-base a partir de 5 de fevereiro. O ajuste irá injetar cerca de 1 trilhão de yuans (US$ 141 bilhões) na economia, acrescentou ele.
O PBoC também decidiu cortar suas taxas de reempréstimo e de redesconto em 25 pontos-base, medida que entra em vigor nesta quinta-feira (25).
Pan afirmou ainda que o PBoC pretende em breve anunciar políticas sobre empréstimos para ajudar a indústria imobiliária, que há anos enfrenta sérias dificuldades.
Europa avança após dados de atividade
As bolsas europeias operam em alta na manhã desta quarta-feira, após o fraco desempenho de ontem, enquanto investidores avaliam dados de atividade econômica (PMIs) preliminares da região e digerem novas medidas de estímulo da China.
Confira o desempenho do mercado na Europa por volta das 08h:
Londres (FTSE100): +0,18% a 7.499 pontos
Frankfurt (DAX): +1,08% a 16.807 pontos
Paris (CAC 40): +0,63% a 7.434 pontos
Madrid (Ibex 35): +0,73% a 9.931 pontos
Europa (Stoxx 50): +1,45% a 4.530 pontos
O PMI composto da zona do euro subiu para 47,9 em janeiro, segundo levantamento inicial da S&P Global, graças a um desempenho bem melhor do que o esperado da indústria. Apenas na Alemanha, o PMI composto caiu a 47,1 neste mês, mas pressionado por serviços, uma vez que a manufatura também surpreendeu positivamente. Já no Reino Unido, os PMIs vieram todos acima das expectativas.
Na esteira dos PMIs, o euro e a libra se fortaleceram, ainda que a moeda única tenha sofrido um golpe temporário com os dados da Alemanha.
Entre as ações, a da easyJet se destacava com um salto de 3,8% em Londres, após a companhia aérea de baixo custo britânica divulgar balanço trimestral. A temporada de resultados corporativos dos EUA também segue no radar. Nesta manhã, a Netflix dispara no pré-mercado de Nova York, após agradar com sua atualização de número de usuários, em balanço publicado no fim da tarde de ontem.
Também sustenta o apetite por risco na Europa um anúncio de corte de compulsório bancário na China, que vem se mobilizando para impulsionar seu crescimento, após dados do Produto Interno Bruto (PIB) do quarto trimestre decepcionarem boa parte dos analistas.
Há expectativa ainda para a decisão de juros do Banco Central Europeu (BCE), que será conhecida amanhã (25). A previsão é de que o BCE deixará seus juros inalterados pela terceira vez seguida.
*Com informações da Dow Jones Newswires e Estadão Conteúdo
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