As bolsas asiáticas fecharam sem direção única nesta quinta-feira, à medida que os índices acionários do Japão e de Taiwan renovaram máximas históricas e as chinesas estenderam perdas recentes.
O Nikkei subiu 0,82% em Tóquio, ao patamar inédito de 40.913,65 pontos, superando o recorde anterior, estabelecido em 22 de março. Montadoras e trading houses lideraram os ganhos no mercado japonês, diante da expectativa de lucros maiores gerada pela tendência de fraqueza do iene.
Em outras partes da Ásia, o Taiex avançou 1,51% em Taiwan, ao nível também recorde de 23.522,53 pontos, impulsionado por ações de semicondutores, enquanto o sul-coreano Kospi registrou ganho de 1,11% em Seul, a 2.824,94 pontos, com a ajuda de ações de eletrônicos e defesa, e o Hang Seng teve modesta alta de 0,28% em Hong Kong, a 18.028,28 pontos.
Na China continental, por outro lado, as bolsas foram pressionadas por ações ligadas a consumo e do setor imobiliário. O índice Xangai Composto caiu 0,83%, a 2.957,57 pontos, ampliando perdas do pregão anterior, e o menos abrangente Shenzhen Composto recuou 1,58%, a 1.582,59 pontos, em seu terceiro dia consecutivo de desempenho negativo.
Na Oceania, a bolsa australiana ficou no azul, favorecida por grandes empresas em termos de capitalização de mercado, incluindo mineradoras e bancos. O S&P/ASX 200 mostrou avanço de 1,19% em Sydney, a 7.831,80 pontos.
Europa mantém tom positivo
As bolsas europeias operam em alta nesta quinta-feira, ampliando ganhos de ontem, enquanto investidores acompanham as eleições gerais do Reino Unido e aguardam ata de política monetária do Banco Central Europeu (BCE). O volume de negócios, porém, tende a ser menor em meio ao feriado do Dia da Independência nos EUA.
Por volta das 6h15 (de Brasília), o índice pan-europeu Stoxx 600 avançava 0,54%, a 517,43 pontos.
Os britânicos provavelmente darão uma vitória histórica ao Partido Trabalhista, da oposição, nas eleições legislativas de hoje no Reino Unido, segundo pesquisa do instituto YouGov. Se confirmado, o resultado levará o líder da legenda, Keir Starmer, a substituir o atual primeiro-ministro britânico, o conservador Rishi Sunak, no cargo.
Nas próximas horas, a atenção vai se voltar para a ata da última reunião de política monetária do BCE. No começo do mês passado, a instituição cortou juros pela primeira vez desde 2019. Desde então, porém, dirigentes do BCE vêm sinalizando que não pretendem reduzir as taxas de novo no próximo dia 18, quando voltam a se reunir, uma vez que há dúvidas sobre a trajetória de certos componentes da inflação, em especial os preços de serviços, que seguem elevados.
Nos EUA, por outro lado, cresceram ontem as chances de o Federal Reserve (Fed) começar a cortar juros em setembro, após dados mais fracos do que o esperado do mercado de trabalho americano.
Da agenda macroeconômica europeia de hoje, destaque para as encomendas à indústria alemã, que sofreram uma inesperada queda de 1,6% em maio.
Às 6h30 (de Brasília), a Bolsa de Londres subia 0,72%, a de Paris avançava 0,76% e a de Frankfurt ganhava 0,31%. Já as de Milão e Lisboa tinham respectivas altas de 0,62% e 0,14%. Exceção, a de Madri caía 0,32%.
*Com informações da Dow Jones Newswires e Estadão Conteúdo