Bolsas asiáticas e europeias têm direções opostas nesta quarta-feira; como virá o Ibovespa?
As bolsas asiáticas fecharam sem direção única nesta quarta-feira (22), após ata do Federal Reserve (Fed) ter reforçado preocupações sobre inflação nos Estados Unidos, em uma semana mais curta em Wall Street por conta do feriado americano de Ações de Graças.
Esse cenário pode ter alguma repercussão nas negociações do Ibovespa hoje, que fechou a sessão de terça-feira (21) em queda de 0,26% aos 125.626,03 pontos.
Nas bolsas asiáticas, o índice Xangai composto encerrou a sessão em baixa de 0,79%, a 3.043,61 pontos, na mínima do dia, enquanto a referência dos negócios em Shenzhen, menos abrangente, recuou 1,41%, a 9.855,66 pontos. Em Hong Kong, o índice Hang Sang ficou estável em 17.734,60 pontos. Já o índice Taiex, de Taiwan, cedeu 0,61%, a 17.310,26 pontos.
Na terça-feira, a ata do Fed mostrou que dirigentes consideram prematura declarar vitória contra os desequilíbrios inflacionários. Segundo o documento, os integrantes do Comitê Federal de Mercado Aberto (FOMC) não descartam a possibilidade de mais aperto monetário à frente, caso não haja progressos no processo de retomada da estabilidade de preços.
Ainda assim, o mercado mantém a aposta majoritária de que o Fed não voltará a subir juros no ciclo atual e começará a cortá-los a partir de maio do ano que vem, conforme indica monitoramento do CME Group.
Ainda nas bolsas asiáticas, o índice Nikkei, de Tóquio, avançou 0,29%, a 33.451,83 pontos. Na Coreia do Sul, o índice Kospi, de Seul, ganhou 0,05%, a 2.511,70 pontos.
Durante a madrugada, Israel anunciou acordo com o grupo palestino extremista Hamas que prevê a libertação de 50 reféns, em troca de um cessar-fogo de 4 dias. O governo israelense, no entanto, reafirmou os planos de eliminar as ameaças ao país na Faixa de Gaza.
Na Oceania, o índice S&P/ASX 200, de Sydney, perdeu 0,07%, a 7.073,40 pontos, com pressão no setor de consumo.
Bolsas da Europa têm viés positivo, mas Londres cai antes de atualização de orçamento britânico
As bolsas europeias operam com viés positivo nas primeiras horas do pregão desta quarta-feira (22), mas Londres cai, em compasso de espera pela atualização de outono do quadro orçamentário britânico. Em semana mais breve em Wall Street, por conta do feriado de Ações de Graças nesta quinta-feira (23), nos EUA, investidores digerem a ata do Federal Reserve (Fed) divulgada na terça-feira.
Confira os índices perto das 7h40 desta terça:
- Londres (FTSE100): -0,06%
- Frankfurt (DAX): +0,39%
- Paris (CAC 40): +0,47%
- Madrid (Ibex 35): +0,48%
- Europa (Stoxx 600): +0,36%
Um ano após o orçamento gerar choque nos mercados e derrubar a então primeira-ministra Liz Truss, o governo do Reino Unido deve adotar postura cautelosa na atualização das contas públicas que será divulgada nesta quarta, avalia o economista Kallum Pickering, da Berenberg. Para ele, o pacote deve incluir alguns cortes de impostos, mas em escala insuficiente para impulsionar a economia significativamente no curto prazo.
A resolução orçamentária será divulgada no final da manhã (horário de Brasília) e deve ser monitorada de perto nas mesas de operações. Também na agenda europeia, a Comissão Europeia informará dado de confiança do consumidor da zona do euro às 12h.
Para além desses eventos, o mercado repercute ainda a ata do Fed, que mostrou resistência dos dirigentes em declarar vitória contra a inflação. Segundo o documento, os integrantes do Comitê Federal de Mercado Aberto (FOMC) não descartam a possibilidade de mais aperto monetário à frente, caso não haja progressos no processo de retomada da estabilidade de preços.
Mesmo assim, a curva futura ainda precifica chance majoritária de que o Fed não voltará a subir juros no ciclo atual e começará a cortá-los a partir de maio do ano que vem, conforme indica monitoramento do CME Group.
No noticiário geopolítico, Israel anunciou, durante a madrugada, acordo com o grupo palestino extremista Hamas que prevê a libertação de 50 reféns, em troca de um cessar-fogo de 4 dias. O governo israelense, no entanto, reafirmou os planos de eliminar as ameaças ao país na Faixa de Gaza.
*Com informações da Dow Jones Newswires e Estadão Conteúdo