As bolsas asiáticas registraram ganhos em sua maioria nesta segunda-feira (20), mas Tóquio recuou. Em Xangai, a expectativa por apoio oficial colaborou para um quadro positivo, mas na política monetária o Banco do Povo da China (PBoC, na sigla em inglês) manteve os juros pelo terceiro mês seguido.
Esse cenário pode ter alguma repercussão nas negociações do Ibovespa hoje, que fechou a sessão de sexta-feira (17) em alta de 0,11% aos 124.773,21 pontos.
Nas bolsas asiáticas, a Bolsa de Xangai fechou em alta de 0,46%, em 3.058,32 pontos, e a de Shenzhen, de menor abrangência, subiu 0,65%, a 2.025,91 pontos. O sentimento do consumidor foi apoiado por sinalizações do governo para que se acelerem projetos de infraestrutura e por promessas de apoio ao setor imobiliário, afirmou Gary Ng, economista sênior da Natixis. Ele acrescentou que a reunião entre os presidentes da China, Xi Jinping, e dos EUA, Joe Biden, também agradou na semana passada, bem como a perspectiva de que o Federal Reserve (Fed, o banco central americano) não eleve mais os juros. Entre ações em foco, Jinjiang International Hotels subiu 4,8% e China Tourism Group Duty Free, 0,9%.
Já na Bolsa de Tóquio, o índice Nikkei registrou baixa de 0,59%, em 33.388,03 pontos. A força do iene foi apontada como causa, porque isso tende a pressionar ações de exportadoras do Japão. Além disso, houve realização de lucros, após o Nikkei chegar a atingir máxima em 33 anos. O setor automotivo esteve entre os mais pressionados, com Mazda Motor em queda de 6,1%, Toyota Motor de 3,9% e Honda Motor, de 3,8%.
Ainda entre as bolsas asiáticas, em Hong Kong, o índice Hang Seng teve alta de 1,86%, a 17.778,07 pontos. Ações de tecnologia e ligadas ao consumo em geral exibiram ganhos mais fortes, porém o sentimento positivo foi generalizado. JD Health International avançou 5,4% e Tencent Holdings, 3,6%.
Na Coreia do Sul, o índice Kospi fechou com ganho de 0,86%, a 2.491,20 pontos. Papéis de empresas de eletrônicos e de semicondutores mostraram força. SK Hynix subiu 1,2% e LX Semicon, 2,8%. Em Taiwan, o índice Taiex subiu 0,01%, para 17.210,47 pontos.
Na Oceania, em Sydney, o índice S&P/ASX 200 fechou em alta de 0,13%, em 7.058,40 pontos. Ações ligadas ao setor financeiro e ao de energia estiveram entre os destaques, após ganhos recentes do petróleo.
Bolsas da Europa operam sem sinal único, com Londres e Frankfurt em baixa e alta em Paris
Os mercados acionários da Europa exibem impulso limitado, nas primeiras horas do pregão desta semana, sem sinal único. Em dia de agenda modesta, analistas avaliam a inflação ao produtor da Alemanha, sem impacto decisivo hoje nas bolsas, e também aguardam mais sinalizações do Banco Central Europeu (BCE).
Confira os índices perto das 7h30 desta segunda:
- Londres (FTSE100): -0,21%
- Frankfurt (DAX): -0,25%
- Paris (CAC 40): +0,25%
- Madrid (Ibex 35): +0,68%
- Europa (Stoxx 600): +0,02%
Na agenda de indicadores, o índice de preços ao produtor (PPI, na sigla em inglês) da Alemanha caiu 11,0% na comparação anual de outubro. Em setembro, a queda havia sido recorde, de 14,7% ante igual mês do ano passado. No mês, o PPI caiu 0,10% em outubro ante setembro. O dado, porém, foi alvo de reação modesta no mercado local.
No Reino Unido, há expectativa nesta semana pela divulgação, na quarta-feira (22), pelo governo do país sobre as medidas fiscais almejadas para o próximo ano. Entre ações em foco nesta segunda, Ashtead Group recuava 10,07%, após revisar para baixo sua perspectiva de lucro para todo o ano atual.
Na política monetária, a DNB Asset Management alertava que o BCE e o Federal Reserve (Fed, o banco central americano) poderiam manter postura dura por mais tempo, para garantir o controle da inflação. A gestora de ativos projetava que o primeiro corte de juros entre esses BCs poderia vir em meados de 2024, mas não descartava que os juros fossem mantidos em todo o próximo ano.
* Com informações da Dow Jones Newswires e Estadão Conteúdo