As bolsas asiáticas não tiveram sinal único nesta sexta-feira (17), mas entre os principais, Tóquio e Xangai subiram. No caso da bolsa chinesa, o ganho foi modesto, puxado por ações de montadoras, enquanto Tóquio exibiu mais fôlego. Hong Kong, por outro lado, teve queda de mais de 2%.
Esse cenário pode ter alguma repercussão nas negociações do Ibovespa hoje, que fechou a sessão de quinta-feira (16) em alta de 1,20%, aos 124.639,24 pontos.
Entre as bolsas asiáticas, a Bolsa de Xangai fechou em alta de 0,11%, em 3.054,37 pontos, e a de Shenzhen, de menor abrangência, subiu 0,44%, a 2.012,79 pontos.
Ações de montadoras foram beneficiadas pela notícia de que autoridades do país permitiriam testes em rodovias para alguns veículos inteligentes em áreas designadas de cidades. Ações de farmacêuticas e varejistas em geral também se saíram bem, com Jiangsu Hengrui em alta de 0,7% e Chongqing Zhifei Biological Products, de 3,4%. Já o setor de telecomunicações recuou, com China Mobile em baixa de 1,3% e China Unicom, de 1,4%.
Ainda entre as bolsas asiáticas, na Bolsa de Tóquio, o índice Nikkei registrou ganho de 0,48%, em 33.585,20 pontos. A praça japonesa chegou a cair em parte do dia, mas ganhou impulso, com o recuo nos retornos dos bônus locais (JGB, na sigla em inglês) impulsionando a busca por ações. Entre destaques, Panasonic Holdings subiu 5,5% e Japan Post Bank, 4,2%.
Em Hong Kong, o índice Hang Seng registrou baixa de 2,12%, a 17.454,19 pontos. O mercado local foi influenciado pela baixa de 10% da Alibaba, após na quinta-feira (16) a empresa anunciar que desistia de planos para dividir e listar sua unidade de computação em nuvem. Muitos analistas ainda afirmavam que a empresa tinha níveis sólidos de lucro e valuation, mas havia preocupações sobre o que a decisão significa para outras companhias afetadas pelo aperto nos controles para exportações de chips dos Estados Unidos.
Na Coreia do Sul, o índice Kospi recuou 0,74% em Seul, a 2.469,85 pontos, com alguma realização de lucros após ganhos recentes. Ações de tecnologia e semicondutores estiveram entre as baixas, com Samsung Electronics em queda de 0,4%. Em Taiwan, o índice Taiex subiu 0,22%, em 17.208,95 pontos.
Na Oceania, na Bolsa de Sydney, o índice S&P/ASX 200 fechou em baixa de 0,13%, em 7.049,40 pontos. A praça australiana oscilou no negativo durante o dia, diante da pressão sobre grandes bancos e varejistas.
Bolsas da Europa exibem ganhos, após quadro misto de quinta e antes do CPI da zona do euro
Os mercados acionários da Europa exibem ganhos nas primeiras horas desta sexta-feira (17), após o sinal misto visto na quinta-feira, quando o sinal negativo prevaleceu. Mais cedo, a presidente do Banco Central Europeu (BCE), Christine Lagarde, discursou, mas não tocou na política monetária nem na inflação da região.
Confira os índices perto das 8h20 desta sexta:
- Londres (FTSE100): +0,87%
- Frankfurt (DAX): +0,87%
- Paris (CAC 40): +0,88%
- Madrid (Ibex 35): +0,76%
- Europa (Stoxx 600): +1,14%
O ritmo da inflação na zona do euro é crucial para os próximos passos do BCE, o que influi também no apetite por ações. O ING comenta que a desaceleração inflacionária, um mercado de trabalho que perde fôlego e a expectativa por receitas corporativas mais baixas devem fazer com que o crescimento dos salários tenha um pico antes de meados do próximo ano na zona do euro. O banco considera que o BCE espera mais clareza sobre isso, mas para o ING o quadro pode abrir a porta para cortes nos juros antes do atualmente esperado.
Lagarde falou mais cedo, mas sem tocar no assunto, com foco na defesa de uma união dos mercados de capital da Europa.
No Reino Unido, as vendas no varejo recuaram 0,3% em outubro ante setembro, quando analistas ouvidos pela FactSet previam alta de 0,3%. O dado tende a reforçar apostas de trajetória menos dura pelo Banco da Inglaterra (BoE, na sigla em inglês), diante da fraqueza da atividade no país, política monetária que tende a apoiar ações locais.
*Com informações da Dow Jones Newswires e Estadão Conteúdo
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