As bolsas asiáticas fecharam em alta nesta sexta-feira (27), após um indicador positivo da China e em meio a sinais de que Wall Street poderá se recuperar de perdas recentes.
Esse cenário pode ter alguma repercussão nas negociações do Ibovespa hoje, que fechou a sessão de quinta-feira (26) em alta de 1,73% aos 114.776,86 pontos.
Nas bolsas asiáticas, o índice Xangai Composto subiu 0,99%, a 3.017,78 pontos, voltando a superar a marca psicológica dos 3 mil pontos, e o menos abrangente Shenzhen Composto avançou 1,82%, a 1.858,61 pontos.
O desempenho positivo veio após dados mostrarem que o lucro industrial na China teve expansão anual de 11,9% em setembro, no segundo ganho consecutivo, indicando que a segunda maior economia do mundo está se estabilizando à medida que Pequim intensifica suas medidas de estímulo.
Em outras partes da Ásia, o índice Hang Seng saltou 2,08% em Hong Kong, a 17.398,73 pontos, impulsionado por ações de tecnologia e do setor imobiliário, enquanto o japonês Nikkei avançou 1,27% em Tóquio, a 30.991,69 pontos, o sul-coreano Kospi garantiu modesto ganho de 0,16% em Seul, a 2.302,81 pontos, e o Taiex registrou alta de 0,38% em Taiwan, a 16.134,61 pontos.
Também contribuiu para o bom humor na Ásia o avanço dos índices futuros das bolsas de Nova York durante a madrugada, sugerindo uma possível recuperação em Wall Street hoje, após dois pregões negativos.
Na Oceania, a bolsa australiana também ficou no azul, com alta de 0,21% do S&P/ASX 200 em Sydney, a 6.826,90 pontos.
Bolsas da Europa sobem, com alta de ações de energia compensando balanços frustrantes
As bolsas europeias operam majoritariamente em alta na manhã desta sexta-feira (27), à medida que um forte desempenho de ações de energia se sobrepõe à frustração com balanços da região.
Confira os índices perto das 7h40 desta sexta:
- Londres (FTSE100): +0,13%
- Frankfurt (DAX): +0,39%
- Paris (CAC 40): -0,57%
- Madrid (Ibex 35): +0,38%
- Europa (Stoxx 600): -0,04%
Nesta sexta, apenas o subíndice de petrolíferas, no entanto, avançava 1,8%, uma vez que os preços do petróleo subiam mais de 2% com temores de que a crise no Oriente Médio se alastre após os EUA bombardearem bases na Síria supostamente ligadas a grupos iranianos.
Já os últimos balanços trimestrais europeus decepcionaram. Em Londres, a ação do NatWest tombava quase 11%, no horário acima, após o banco britânico lucrar menos do que o esperado e reduzir sua projeção anual para a margem líquida de juros. O papel da Air France-KLM, por sua vez, caía 1% em Paris, após a companhia aérea franco-holandesa frustrar tanto em lucro quanto em receita.
Nos EUA, por outro lado, os resultados das “big techs” Amazon e Intel agradaram no fim da tarde de quinta-feira, ajudando a impulsionar os índices futuros das bolsas de Nova York, que acumularam perdas nos dois últimos pregões.
Ainda nesta manhã, investidores na Europa vão acompanhar uma série de dados econômicos dos EUA, incluindo a leitura mensal da inflação PCE, após sinais de desaceleração dos preços ajudarem a derrubar os rendimentos dos Treasuries ontem.
Em meio ao noticiário sobre as bolsas asiáticas e europeias, vale lembrar que na próxima quarta-feira, dia 1º de novembro, o Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA) decide sobre juros. Nesta quinta, o Banco Central Europeu (BCE) deixou seus juros inalterados, pausando o ciclo de aperto monetário iniciado em julho do ano passado.
Com informações da Dow Jones Newswires e Estadão Conteúdo