As bolsas asiáticas não tiveram sinal único nesta segunda-feira (4), mas houve perdas em Xangai e em Tóquio.
Esse cenário pode ter alguma repercussão nas negociações do Ibovespa hoje, que fechou a sessão de sexta-feira (1) em alta de 0,67% aos 128.184,91 pontos.
Entre as bolsas asiáticas, a Bolsa de Xangai fechou em queda de 0,29%, em 3.022,91 pontos, e a de Shenzhen, de menor abrangência, caiu 0,34%, a 1.968,48 pontos. Ações de incorporadoras e farmacêuticas estiveram sob pressão. Pharmaron Beijing caiu 9,9% e Poly Developments & Holdings, 2,8%.
Em Tóquio, o índice Nikkei registrou baixa de 0,60%, a 16.830,30 pontos. A força do iene foi negativa para ações de exportadoras japonesas. Toyota Industries e Denso estiveram entre as mais pressionadas, com baixas de 5,2% e 3,3%, respectivamente.
O índice Kospi, da Bolsa de Seul, foi na contramão da maioria e subiu 0,40%, a 2.514,95 pontos. Ações de empresas ligadas a baterias e também ao transporte marítimo de cargas puxaram o mercado local para cima. Entre as empresas do segmento de baterias para veículos elétricos, Posco Futuro M e SK ie Technology subiram 11% e 15%, respectivamente, após os Estados Unidos anunciarem nova diretriz para limitar conteúdo chinês em baterias para o recebimento de créditos tributários americanos. HD Hyundai Heavy Industries ganhou 3,8%.
Ainda nas bolsas asiáticas, em Hong Kong, o índice Hang Seng registrou baixa de 1,09%, a 16.646,05 pontos, em meio a preocupações com a economia da China, antes de mais indicadores previstos para esta semana. O Goldman Sachs avalia que o mercado teve reação tímida a medidas recentes de relaxamento de Pequim, por acreditar que isso não será suficiente e questionar seu impacto.
Ações de farmacêuticas estiveram entre as quedas, com Wuxi Biologics em baixa de 24%, antes de que a negociação do papel fosse paralisada. Já China Evergrande Group subiu 9,2% após um tribunal dar à incorporadora mais prazo para um plano de reestruturação.
Em Taiwan, o índice Taiex caiu 0,10%, a 17.421,48 pontos.
Na Oceania, em Sydney, o índice S&P/ASX 200 fechou em alta de 0,73%, em 7.124,70 pontos. O nível de fechamento foi o mais alto desde 20 de setembro, na véspera da última decisão do ano de política monetária do Banco Central da Austrália. Ações ligadas ao ouro e ao minério de ferro puxaram o mercado local para cima.
Bolsas da Europa operam sem sinal único, à espera de Lagarde, do BCE
As bolsas europeias operam sem sinal único, nas primeiras horas de negócio desta segunda-feira (4). Sem indicadores importantes previstos, há expectativa por declarações da presidente do Banco Central Europeu (BCE), Christine Lagarde, durante evento em Paris.
Confira os índices perto das 8h25 desta segunda:
- Londres (FTSE100): -0,36%
- Frankfurt (DAX): +0,10%
- Paris (CAC 40): -0,13%
- Madrid (Ibex 35): +0,34%
- Europa (Stoxx 600): -0,04%
Às 11h, Lagarde discursa durante evento em Paris, e investidores aguardam mais pistas sobre os próximos passos da política monetária do BCE. Na avaliação do ING, Lagarde deve manter o equilíbrio entre as alas do BCE, ao sugerir que ainda há possibilidade de elevação dos juros na zona do euro. Mais cedo, o vice do BCE, Luis de Guindos, alertou para o ritmo ainda robusto do aumento dos salários, que pode influir na inflação adiante.
Às 8h30, Swati Dhingra, integrante do conselho do Banco da Inglaterra (BoE, na sigla em inglês), participa em evento sobre estratégias econômicas. Na sexta-feira, a Fitch reafirmou o rating AA- do Reino Unido, com perspectiva negativa, e citou em comunicado o quadro de dívida pública elevada e incertezas nas relações com a União Europeia, desde a saída do país do bloco (Brexit). Para a Fitch, a consolidação fiscal do país é algo incerto, diante do crescimento mais fraco e da inflação persistente.