China se descola das bolsas asiáticas e fecha com fortes ganhos; Na Europa, índices ensaiam recuperação

As bolsas asiáticas fecharam sem direção única nesta quarta-feira (17), de olho no futuro dos juros nos EUA e nas tensões no Oriente Médio.

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Esse cenário pode influenciar nas negociações do Ibovespa hoje. Na véspera, o índice fechou em queda de 0,75%, aos 124.388,62 pontos.

Hoje, o índice japonês Nikkei teve queda de 1,32% em Tóquio hoje, a 37.961,80 pontos, e o sul-coreano Kospi recuou 0,98% em Seul, a 2.584,18 pontos. O Hang Seng ficou praticamente estável em Hong Kong, com alta marginal de 0,02%, a 16.251,84 pontos, e o Taiex avançou 1,56% em Taiwan, a 20.213,33 pontos.

Na China continental, as bolsas tiveram ganhos expressivos, à medida que reguladores minimizaram preocupações sobre eventuais fechamentos de capital após Pequim anunciar novas diretrizes para os mercados de capitais, no fim da semana passada. O Xangai Composto subiu 2,14%, a 3.071,38 pontos, e o menos abrangente Shenzhen Composto avançou 3,80%, a 1.700,75 pontos, com ambos revertendo perdas do pregão anterior. Já o CSI 2000, índice de empresas de pequeno valor de mercado, saltou 6,7%.

O comportamento misto na Ásia veio um dia após o presidente do Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA), Jerome Powell, sinalizar que o Fed deverá manter seus juros nos elevados níveis atuais por mais tempo em função da inflação persistente.

Investidores também seguem atentos à tensa situação no Oriente Médio, visto que Israel ameaçou retaliar pelos ataques aéreos que sofreu do Irã no fim de semana.

Na Oceania, a bolsa australiana teve baixa apenas marginal hoje, mas ficou no vermelho pela quinta sessão consecutiva. O S&P/ASX 200 caiu 0,09% em Sydney, a 7.605,60 pontos.

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Europa esboça recuperação

As bolsas europeias operam em alta na manhã desta quarta-feira, revertendo parcialmente as fortes perdas de ontem, após dados mostrarem arrefecimento da inflação na zona do euro e no Reino Unido e em meio a balanços de empresas locais.

Confira o desempenho dos índices por volta das 07h50:

  • Londres (FTSE100): +0,52% a 7.860 pontos
  • Frankfurt (DAX): +0,67% a 17.883 pontos
  • Paris (CAC 40): +1,32% a 8.036 pontos
  • Madrid (Ibex 35): +1,30% a 10.663 pontos
  • Europa (Stoxx 50): +0,83% a 4.959 pontos

Mais cedo, foi confirmado que a taxa anual de inflação ao consumidor (CPI) da zona do euro desacelerou para 2,4% em março, ficando mais próxima da meta de 2% perseguida pelo Banco Central Europeu (BCE). Na semana passada, o BCE deixou seus juros inalterados pela quinta vez consecutiva, mas também sinalizou que poderá cortar as taxas em junho se a inflação seguir o rumo desejado.

Já no Reino Unido, o CPI anual diminuiu para 3,2% em março, mas ficou acima do esperado, o que reduz as chances de o Banco da Inglaterra (BoE) também cortar juros em junho, segundo a Capital Economics.

Da temporada de balanços europeus, a LVMH registrou alta orgânica anual de 3% nas vendas no primeiro trimestre, e a ação da gigante de artigos de luxo saltava 4,3% em Paris. Já a mineradora anglo-australiana Rio Tinto agradou com os últimos números de produção, e sua ação avançava 3% em Londres.

Por outro lado, a ação da ASML tombava 4% em Amsterdã, após a companhia holandesa – que produz equipamentos para fabricantes de chips – decepcionar com o resultado de encomendas dos primeiros três meses do ano.

*Com informações da Dow Jones Newswires e Estadão Conteúdo

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Redação Suno Notícias

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