Bolsas asiáticas fecham em baixa de olho em inflação; Europa sobe após eleições na França

As bolsas asiáticas fecharam majoritariamente em baixa nesta segunda-feira, enquanto investidores aguardam novos dados de inflação dos EUA e da China e digerem o resultado das eleições legislativas da França.

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O índice japonês Nikkei caiu 0,32% em Tóquio, a 40.780,70 pontos, sob o peso de ações de montadoras e eletrônicos, enquanto o Hang Seng recuou 1,55% em Hong Kong, a 17.524,06 pontos, e o sul-coreano Kospi cedeu 0,16% em Seul, a 2.857,76 pontos, interrompendo uma sequência de três pregões positivos.

Na China continental, o Xangai Composto perdeu 0,93%, a 2.922,45 pontos, e o menos abrangente Shenzhen Composto teve queda de 1,88%, a 1.560,97 pontos, pressionados por ações de software e do setor imobiliário.

Nos próximos dias, China e EUA publicam atualizações de seus índices de preços. A atenção estará voltada principalmente para a inflação ao consumidor (CPI) dos EUA, que pode influenciar a trajetória dos juros básicos americanos neste segundo semestre.

O quadro político da França também está no radar, após a aliança esquerdista surpreender e ficar em primeiro lugar no segundo turno das eleições legislativas, mas não garantir maioria absoluta no Parlamento.

Exceção na Ásia, o Taiex subiu 1,37% em Taiwan, à nova máxima histórica de 23.878,15 pontos, em meio ao forte desempenho das ações da Hon Hai Precision Industry (+5,6%), também conhecida como Foxconn, e da TSMC (+3%). Fornecedora da Apple, a Foxconn divulgou receita trimestral recorde e a TSMC, maior fabricante de semicondutores do mundo, vem sendo favorecida pelo otimismo com a tecnologia de inteligência artificial (IA).

Na Oceania, a bolsa australiana ficou no vermelho hoje, com a fraqueza de ações de produtoras de minério de ferro. O S&P/ASX 200 recuou 0,76% em Sydney, a 7.763,20 pontos.

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Europa sobe após eleições na França

As bolsas europeias operam em alta na manhã desta segunda-feira, revertendo perdas do começo do pregão, embora o Parlamento da França enfrente a possibilidade de paralisação após a surpreendente vitória da esquerda nas eleições parlamentares do fim de semana.

Por volta das 6h25 (de Brasília), o índice pan-europeu Stoxx 600 avançava 0,41%, a 518,71 pontos.

Ontem (07), a aliança esquerdista da França conquistou o maior número de assentos no segundo turno das eleições legislativas e freou a ascensão da ultradireita, com o apoio do centro. A esquerda, porém, não garantiu maioria absoluta no Parlamento, levando analistas a prever que as negociações para a formação de um novo governo francês serão difíceis.

O impasse político na França veio após as eleições gerais do Reino Unido da semana passada, em que a oposição trabalhista teve uma vitória histórica, pondo fim a 14 anos de governos conservadores.

A agenda de hoje está esvaziada, mas o foco nos próximos dias será os EUA, com depoimento do presidente do Federal Reserve (Fed), Jerome Powell, novos dados da inflação ao consumidor (CPI) americano e o início da temporada de balanços corporativos da maior economia do mundo.

Às 6h40 (de Brasília), a Bolsa de Paris subia 0,43%. A ação do BNP Paribas, maior banco francês, registrava modesta alta de 0,40% e a do Société Générale avançava 1%.

Em outras partes da Europa, a Bolsa de Londres tinha ganho de 0,26% e a de Frankfurt, de 0,48%, enquanto as de Milão e Madri subiam 0,71% e 0,15%, respectivamente. Exceção, a de Lisboa caía 0,30%.

*Com informações da Dow Jones Newswires e Estadão Conteúdo

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Guilherme Serrano

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