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Bolsas asiáticas fecham em baixa com dado chinês; Europa recua antes da eleição francesa

Bolsas asiáticas. Foto: iStock.

Bolsas asiáticas. Foto: iStock.

As bolsas asiáticas fecharam em baixa nesta quinta-feira, 27, um dia após o iene atingir mínimas em quase quatro décadas e dados mostrarem avanço mais fraco do lucro industrial chinês.

Em Tóquio, o índice Nikkei caiu 0,82%, a 39.341,54 ienes, pressionado por ações de corretoras e do setor farmacêutico, em meio a preocupações de que o Banco do Japão (BoJ, pela sigla em inglês) volte a elevar juros em meio à fraqueza do iene. Ontem, a moeda japonesa atingiu o menor nível frente ao dólar desde 1986, levando autoridades a sinalizar disposição de intervir no mercado cambial.

Na China continental, o Xangai Composto recuou 0,90%, a 2.945,85 pontos, e o menos abrangente Shenzhen Composto apresentou queda de 1,67%, a 1.614,03 pontos, sob o peso de ações de varejistas e montadoras. Pesquisa mostrou que o lucro industrial chinês teve acréscimo anual de 0,7% em maio, bem menor do que o ganho de 4% observado em abril.

Em outras partes da Ásia, o Hang Seng registrou baixa de 2,06% em Hong Kong, a 17.716,47 pontos, com o fraco desempenho de ações de tecnologia e consumo, enquanto o sul-coreano Kospi cedeu 0,29% em Seul, a 2.784,06 pontos, e o Taiex perdeu 0,35% em Taiwan, a 22.905,98 pontos.

Na Oceania, a bolsa australiana ficou no vermelho pelo segundo dia consecutivo, com queda de 0,30% do S&P/ASX 200 em Sydney, a 7.759,60 pontos.

Europa opera com cautela antes de eleição francesa

As bolsas europeias operam majoritariamente em leve baixa na manhã desta quinta-feira, à medida que um clima de cautela prevalece antes de importantes dados de inflação dos EUA e do primeiro turno das eleições parlamentares da França.

Por volta das 6h55 (de Brasília), o índice pan-europeu Stoxx 600 recuava 0,18%, a 513,88 pontos.

Investidores na Europa evitam fazer grandes apostas antes de uma pesquisa mensal sobre a inflação PCE dos EUA, que será divulgada apenas amanhã (28). Os números do PCE, métrica preferida de inflação do Federal Reserve (Fed, o banco central americano), podem influenciar as expectativas para eventuais cortes dos juros básicos dos EUA este ano.

Antes disso, os EUA publicam hoje dados finais do Produto Interno Bruto (PIB) e do PCE referentes ao primeiro trimestre.

O tom cauteloso nos negócios europeus também precede as eleições legislativas da França, cujo primeiro turno está marcado para domingo (30). A previsão é de que a extrema direita conquiste a maior votação, bem à frente da aliança do presidente Emmanuel Macron.

Da agenda europeia desta quinta, o índice de sentimento econômico da zona do euro caiu inesperadamente em junho, a 95,9 pontos, pressionado por queda na confiança dos setores industrial e de serviços. A confiança dos consumidores do bloco teve leve avanço, confirmando estimativa preliminar.

Já no âmbito da política monetária, o BC da Suécia – conhecido como Riksbank – decidiu manter seu juro básico em 3,75%, mas sinalizou a possibilidade de dois ou três cortes da taxa na segunda metade do ano.

Às 7h10 (de Brasília), a Bolsa de Londres caía 0,20% e a de Paris recuava 0,44%, enquanto a de Frankfurt exibia leve avanço de 0,03%. Já as de Milão, Madri e Lisboa tinham perdas de 0,47%, 0,58% e 0,13%, respectivamente.

Entre ações individuais, a da Hennes & Mauritz (H&M) tombava quase 13% em Estocolmo, após a multinacional sueca de moda decepcionar com balanço trimestral e projeções.

*Com informações da Dow Jones Newswires e Estadão Conteúdo

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