Bolsas asiáticas fecham em baixa, com China na contramão; Europa sobe com noticiário corporativo
As bolsas asiáticas fecharam majoritariamente em baixa nesta sexta-feira (15), após os últimos dados da inflação dos EUA abafarem esperanças de cortes mais agressivos dos juros americanos.
Esse cenário pode influenciar nas negociações do Ibovespa hoje. Na véspera, o índice fechou em queda de 0,25%, aos 127.689,97 pontos
Liderando as perdas na Ásia hoje, o índice sul-coreano Kospi teve queda de 1,91% em Seul, a 2.666,84 pontos, interrompendo uma sequência de três sessões positivas. O Hang Seng, por sua vez, caiu 1,42% em Hong Kong, a 16.720,89 pontos, pressionado por ações de incorporadoras após pesquisa mostrar nova queda nos preços de imóveis na China. Já o Taiex recuou 1,28% em Taiwan, a 19.682,50 pontos, e o japonês Nikkei cedeu 0,26% em Tóquio, a 38.707,64 pontos.
A inflação ao produtor (PPI) dos EUA superou todas as expectativas, pesando em Wall Street, que teve perdas modestas ontem, e aumentando as chances de que o Federal Reserve (Fed, o banco central americano) seja mais conservador ao decidir sobre eventuais cortes de juros mais adiante. Por enquanto, continua prevalecendo a hipótese de que a primeira redução de juros nos EUA virá em junho.
Na China continental, por outro lado, os mercados ficaram no azul hoje, sustentados por ações de montadores e de tecnologia. O Xangai Composto subiu 0,54%, a 3.054,64 pontos, e o menos abrangente Shenzhen Composto avançou 0,94%, a 1.774,68 pontos. Quando os negócios já haviam se encerrado, o regulador chinês de valores mobiliários prometeu endurecer a supervisão dos mercados de capitais e de processos para o lançamento de ofertas públicas iniciais (IPOs) de ações.
Já no fim da noite de ontem (pelo horário de Brasília), o banco central chinês (PBoC) decidiu manter a taxa da linha de empréstimo de médio prazo em 2,5%, sinalizando que não deverá alterar seus juros básicos na próxima semana.
No Japão, após o fechamento do Nikkei, levantamento preliminar mostrou que as maiores empresas do país deverão conceder este ano reajuste salarial médio acima de 5% pela primeira vez desde 1991. Forte aumento salarial é considerado um importante fator para o Banco do Japão (BoJ) encerrar sua política de juro negativo, adotada há mais de oito anos, na reunião deste mês ou de abril. O BC japonês anuncia decisão de política monetária na terça-feira (19).
Na Oceania, a bolsa australiana caiu pelo segundo pregão consecutivo, com a fraqueza de ações de mineradoras. O S&P/ASX 200 teve baixa de 0,56% em Sydney, a 7.670,30 pontos.
Bolsas da Europa sobem com noticiário corporativo
As bolsas europeias operam em alta na manhã desta sexta-feira, influenciadas pelo noticiário corporativo e à espera de uma nova rodada de indicadores dos EUA.
Confira o desempenho dos índices por volta das 08h10:
Londres (FTSE100): +0,11% a 7.751 pontos
Frankfurt (DAX): +0,47% a 18.006 pontos
Paris (CAC 40): +0,34% a 8.189 pontos
Madrid (Ibex 35): +1,20% a 10.616 pontos
Europa (Stoxx 50): +0,41% a 5.014 pontos
A ação da Galp Energia é um dos destaques, com salto de 6,4% após a petrolífera portuguesa anunciar a descoberta “de uma coluna significativa de petróleo leve” na Namíbia.
Já em Londres, a Vodafone subia 4,6%, após a empresa de telecomunicações britânica fechar a venda de sua operação italiana para a Swisscom, por 8 bilhões de euros. Em Zurique, a Swisscom avançava 2,4%.
Nas próximas horas, investidores na Europa vão acompanhar uma série de dados econômicos dos EUA, incluindo pesquisas sobre produção industrial, confiança do consumidor e expectativas de inflação. Ontem, a inflação ao produtor (PPI) dos EUA veio acima do esperado, ampliando as chances de que o Federal Reserve (Fed, o banco central americano) seja mais conservador ao decidir sobre eventuais cortes de juros.
*Com informações da Dow Jones Newswires e Estadão Conteúdo