Bolsas asiáticas fecham em alta, com salto de incorporadoras chinesas; Europa opera mista
As bolsas asiáticas fecharam em alta nesta segunda-feira (29), após Wall Street encerrar a última semana em tom positivo e à medida que ações de incorporadoras saltaram na China e em Hong Kong, em reação à notícia de que uma grande cidade chinesa eliminou restrições a compras de moradias.
Esse cenário pode influenciar nas negociações do Ibovespa hoje. Na última sexta-feira (26), o índice fechou em alta de 1,51%, aos 126.526,27 pontos.
Hoje, na China continental, o índice Xangai Composto subiu 0,79%, a 3.113,04 pontos, e o menos abrangente Shenzhen Composite teve ganho mais expressivo, de 2,31%, a 1.768,44 pontos. No setor imobiliário, a ação da China Vanke saltou 10%, atingindo o limite diário de valorização, e a do Poly Developments & Holdings Group avançou 7,4%, após notícia de que Chengdu, capital da província chinesa de Sichuan, não irá mais avaliar as qualificações de possíveis compradores de moradias.
Também reagindo à novidade de Chengdu, o Hang Seng registrou alta de 0,54% em Hong Kong, a 17.746,91 pontos, com destaque para incorporadoras como Country Garden Services (+11%), Longfor Group (+7,1%) e China Overseas Land & Investment (+4%).
Em outras partes da Ásia, o sul-coreano Kospi avançou 1,17% em Seul, a 2.687,44 pontos, e o Taiex subiu 1,86% em Taiwan, a 20.495,52 pontos.
A bolsa de Tóquio não operou hoje em função de um feriado no Japão, mas o iene teve acentuadas flutuações ante o dólar durante a madrugada, primeiro renovando mínima em 34 anos e depois se recuperando fortemente em meio a rumores de intervenção do governo japonês no mercado cambial.
O apetite por risco na região asiática veio também após as bolsas de Nova York fecharem com ganhos generalizados na sexta-feira (26), em especial de ações de tecnologia, em meio ao entusiasmo com balanços trimestrais das big techs Alphabet e Microsoft.
Dados fracos do lucro industrial chinês, que sofreu queda anual de 3,5% em março, acabaram ficando em segundo plano.
Na Oceania, a bolsa australiana também ficou no azul hoje, com a ajuda de ações dos setores imobiliário e financeiro. O S&P/ASX 200 avançou 0,81% em Sydney, a 7.637,40 pontos.
Europa opera mista, de olho no noticiário corporativo
As bolsas europeias operam sem direção única na manhã desta segunda-feira, depois de acumularem ganhos na semana passada, enquanto investidores seguem acompanhando balanços e notícias corporativas, além de dados econômicos da região.
Confira o desempenho dos índices por volta das 08h30:
- Londres (FTSE100): +0,48% a 8.179 pontos
- Frankfurt (DAX): -0,09% a 18.149 pontos
- Paris (CAC 40): +0,10% a 8.096 pontos
- Madrid (Ibex 35): -0,77% a 11.069 pontos
- Europa (Stoxx 50): -0,22% a 4.995 pontos
No noticiário corporativo, o setor minerador continua sendo destaque. Segundo a Reuters, a BHP poderá melhorar sua oferta pela Anglo American, após ter a proposta inicial de US$ 39 bilhões rejeitada na semana passada. Em Londres, a ação da Anglo American subia 2%, enquanto a da BHP caía 0,9%.
Entre balanços, a Vivendi ampliou sua receita em mais de 5% no primeiro trimestre, mas a ação do grupo de mídia francês caía em torno de 0,50% em Paris.
No meio da manhã, investidores vão acompanhar dados preliminares de inflação ao consumidor (CPI) da Alemanha, em meio a expectativas de que o Banco Central Europeu (BCE) anuncie um primeiro corte de juros, na reunião de política monetária de junho. Mais cedo, o índice de sentimento econômico da zona do euro decepcionou ao cair em abril, a 95,6 pontos.
Ao longo da semana, as atenções vão se voltar para os EUA, que irão anunciar decisão de juros, na quarta-feira (01), e divulgar relatório de emprego conhecido como payroll, na sexta (03).
*Com informações da Dow Jones Newswires e Estadão Conteúdo