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Bolsas asiáticas fecham no positivo e Europa avança com tecnologia no radar

Bolsas asiáticas China. Foto: iStock

Bolsas asiáticas China. Foto: iStock

As bolsas asiáticas fecharam em alta nesta quarta-feira (31), em meio ao bom desempenho de ações de chips, após decisão do Banco do Japão (BoJ) de elevar juros e à espera de decisão de política monetária do Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA).

O índice japonês Nikkei subiu 1,49% em Tóquio, 39.101,82 pontos, em um possível movimento de busca por ações baratas após o BoJ aumentar seus juros pela segunda vez em cinco meses e reduzir compras de títulos do governo, conhecidos como JGBs. A Tokyo Electron foi destaque positivo, com salto de 7,41%, após relatos de que a empresa japonesa não será afetada por futura regra dos EUA que visa restringir exportações de equipamentos de semicondutores para a China.

Em outras partes da Ásia, o Hang Seng avançou 2,01% em Hong Kong, a 17.344,60 pontos, e o sul-coreano Kospi subiu 1,19% em Seul, a 2.770,69 pontos, com ganhos liderados pela gigante de chips Samsung Electronics (+3,58%), que divulgou sólido balanço trimestral. O Taiex destoou em Taiwan, encerrando o pregão com leve baixa de 0,11%, a 22.199,35 pontos.

Na China continental, os mercados tiveram forte desempenho, impulsionados por ações de corretoras e seguradoras, apesar da falta de estímulos imediatos da última reunião do Politburo e de PMIs fracos de manufatura e serviços. O Xangai avançou 2,06%, a 2.938,75 pontos, e o menos abrangente Shenzhen Composto saltou 3,29%, a 1.610,78 pontos.

Após a decisão do BoJ, as atenções vão se voltar para o anúncio de política monetária do Fed. A previsão é que o BC dos EUA deixe seus juros inalterados mais uma vez, mas prepare o terreno para uma redução inicial das taxas, em setembro.

Na Oceania, a bolsa australiana fechou em nível recorde hoje, após dados domésticos de inflação em linha com as expectativas aliviarem temores sobre possíveis aumentos do juro básico local. S&P/ASX 200 subiu 1,75%, assegurando o maior ganho diário desde novembro de 2022, ao patamar inédito de 8.092,30 pontos.

Bolsas da Europa operam em alta

As bolsas europeias operam em alta na manhã desta quarta-feira, com ganhos liderados por ações de tecnologia, após relatos de que a fabricante de equipamentos para chips holandesa ASML ficaria isenta de uma nova regra dos EUA para restringir exportações estrangeiras. Investidores também repercutem balanços locais e aguardam decisão de juros nos EUA.

Por volta das 6h50 (de Brasília), o índice pan-europeu Stoxx 600 avançava 0,85%, a 518,47 pontos. Apenas o subíndice de tecnologia subia 2,47%.

Em Amsterdã, a ASML saltava quase 6%, após a Reuters noticiar que uma futura norma dos EUA para impedir exportações de equipamentos de chips para a China isentaria empresas de alguns países aliados, incluindo a companhia holandesa.

Da temporada de balanços, destaque para o HSBC, que lucrou mais do que o esperado no segundo trimestre e anunciou uma recompra de ações de US$ 3 bilhões. Em Londres, a ação do banco britânico tinha alta de 3,7% no horário acima. Por outro lado, a da Telefónica caía 1% em Madri, ainda que o balanço da gigante de telecomunicações espanhola tenha superado as expectativas.

O apetite por risco na Europa, porém, é limitado por dados decepcionantes de inflação ao consumidor (CPI) da zona do euro. A taxa anual do CPI do bloco acelerou para 2,6% em julho, contrariando previsão de queda e piorando as chances de que o Banco Central Europeu (BCE) volte a cortar juros, depois da redução inicial do começo de junho.

À tarde, quando os negócios com ações europeias já estarão encerrados, o Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA) anuncia decisão de política monetária. Espera-se que o Fed mais uma vez deixe seus juros inalterados, mas prepare o terreno para começar a reduzir as taxas em setembro.

Às 7h07 (de Brasília), a Bolsa de Londres subia 1,39%, a de Paris avançava 1,22% e a de Frankfurt ganhava 1,23%. Já as de Milão e Lisboa tinham altas de 0,10% e 0,92%, respectivamente. Na contramão, a de Madri caía 0,94%.

Com informações da Dow Jones Newswires e Estadão Conteúdo

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