Bolsas asiáticas fecham majoritariamente em alta com Banco do Japão; Europa opera em baixa com política
As bolsas asiáticas fecharam majoritariamente em alta nesta sexta-feira, com a de Tóquio se recuperando após o Banco do Japão (BoJ) manter o atual volume de compras de títulos do governo japonês (JGBs) por enquanto.
O índice Nikkei subiu 0,24% em Tóquio, a 38.814,56 pontos, revertendo perdas da abertura, após o BoJ não apenas deixar seu juro básico inalterado, mas também decidir que seguirá comprando JGBs no ritmo atual. O BC japonês sinalizou que pretende reduzir as aquisições dos títulos, mas que detalhes só serão definidos em sua próxima reunião, no fim de julho.
Em outras partes da Ásia, o Taiex liderou os ganhos pelo terceiro pregão consecutivo, com alta de 0,86% em Taiwan, à nova máxima histórica de 22.504,72 pontos, enquanto o sul-coreano Kospi avançou 0,13% em Seul, a 2.758,42 pontos.
Na China continental, as bolsas tiveram desempenho levemente positivo, com a ajuda de ações de incorporadoras e de hardware. O Xangai Composto subiu 0,12%, a 3.032,63 pontos, e o menos abrangente Shenzhen Composto mostrou alta de 0,37%, a 1.689,63 pontos. Há expectativa de que o banco central chinês (PBoC) define a taxa de juros de sua linha de crédito de médio prazo no fim de semana.
Exceção na região asiática, o Hang Seng caiu 0,94% em Hong Kong, a 17.941,78 pontos, pressionado por ações dos setores varejista e biofarmacêutico.
Na Oceania, a bolsa australiana ficou no vermelho, após breve recuperação ontem, em meio à fraqueza de ações ligadas a commodities. O S&P/ASX 200 caiu 0,33% em Sydney, a 7.724.30 pontos.
Europa cai com política no radar
As bolsas europeias operam em baixa na manhã desta sexta-feira, ampliando perdas do pregão anterior, à medida que investidores seguem cautelosos em meio a incertezas políticas na França.
Por volta das 6h35 (de Brasília), o índice pan-europeu Stoxx 600 recuava 0,56%, a 513,16 pontos.
Partidos de esquerda da França divulgam o manifesto político de sua aliança renovada hoje, em uma tentativa de desafiar a coalizão de extrema-direita, que lidera as sondagens para as próximas eleições legislativas. No último fim de semana, o presidente da França, Emmanuel Macron, decidiu antecipar as eleições locais após a derrota de seu partido para a extrema-direita nas eleições parlamentares da União Europeia.
Investidores na Europa também aguardam comentários de dirigentes do Banco Central Europeu (BCE) e do Federal Reserve (Fed, o banco central americano) para avaliar a trajetória dos juros na zona do euro e nos EUA.
No noticiário macroeconômico, destaque para a balança comercial da zona do euro, que apresentou superávit comercial de 19,4 bilhões de euros em abril, maior que o saldo positivo de março, segundo dados ajustados da Eurostat.
Às 6h49 (de Brasília), a Bolsa de Paris tinha queda de 2,01%, enquanto a de Londres caía 0,30% e a de Frankfurt recuava 0,97%. Já as de Milão, Madri e Lisboa tinham perdas de 2,08%, 0,91% e 0,65%, respectivamente.
Entre empresas individuais, o Casino tombava 5% em Paris, revertendo fortes ganhos de mais cedo, após o grupo varejista francês implementar um agrupamento de ações, em que 100 papéis foram trocados por um. Mais cedo, o Casino também anunciou que está negociando a venda da subsidiária Codim 2, na ilha francesa da Córsega.
*Com informações da Dow Jones Newswires e Estadão Conteúdo