As bolsas asiáticas fecharam sem direção única nesta segunda-feira (22). A sessão ficou marcada pela forte queda na China, onde houve a manutenção dos principais juros locais, enquanto o Japão alcançou nova máxima em quase 34 anos.
Esse cenário pode influenciar nas negociações do Ibovespa hoje. Na sexta-feira (19), o índice fechou em alta de 0,25%, aos 127.635,65 pontos.
Na China continental, o índice Xangai Composto recuou 2,68%, a 2.756,34 pontos, e o menos abrangente Shenzhen Composto sofreu tombo ainda maior, de 4,47%, a 1.611,26 pontos. O mau humor se instalou após o PBoC, como é conhecido o banco central chinês, deixar seu juros de referência inalterados pelo quinto mês consecutivo, apesar da persistente crise no setor imobiliário do país e sinais de fraqueza no consumo.
Por outro lado, o japonês Nikkei avançou 1,62% em Tóquio hoje, a 36.546,95 pontos, renovando máxima desde fevereiro de 1990. O BoJ revisa sua política monetária na madrugada desta terça-feira, mas analistas preveem aumento de juros apenas no segundo trimestre.
Em outras partes da Ásia, o Hang Seng caiu 2,27% em Hong Kong, a 14.961,18 pontos, e o sul-coreano Kospi cedeu 0,34% em Seul, a 2.464,35 pontos. Já o Taiex subiu 0,76% em Taiwan, a 17.815,10 pontos.
Na Oceania, a bolsa australiana ficou no azul, ampliando ganhos da sessão anterior, em meio ao bom desempenho de ações de bancos e varejistas. O S&P/ASX 20 teve alta de 0,75% em Sydney, a 7.476,60 pontos.
Europa avança em semana com decisão de juros
As bolsas europeias operam em alta na manhã desta segunda-feira, sustentadas por recentes ventos favoráveis de Wall Street, enquanto investidores aguardam decisão de juros do Banco Central Europeu (BCE), que será conhecida nos próximos dias.
Confira o desempenho dos índices por volta das 07h45:
Londres (FTSE100): +0,05% a 7.462 pontos
Frankfurt (DAX): +0,40% a 16.620 pontos
Paris (CAC 40): +0,30% a 7.393 pontos
Madrid (Ibex 35): +0,47% a 9.904 pontos
Europa (Stoxx 50): +0,37% a 4.465 pontos
Na sexta-feira (19), S&P 500 e Dow Jones atingiram níveis recordes e o Nasdaq alcançou o maior patamar em dois anos, impulsionados por um rali de fabricantes de chips e de outras ações de tecnologia de peso dos EUA.
Com a agenda de hoje esvaziada, a atenção nesta semana está voltada para o anúncio de política monetária do BCE, na quinta-feira (25). A previsão é que a autoridade monetária deixará seus juros inalterados pela terceira vez seguida. Na semana passada, porém, a presidente do BCE, Christine Lagarde, sinalizou que o primeiro corte de juros provavelmente virá durante o verão europeu.
Também na quinta, os EUA divulgam números preliminares do Produto Interno Bruto (PIB) e da inflação PCE do quarto trimestre de 2023, que devem influenciar as expectativas para a possível trajetória de queda dos juros americanos neste ano. No fim da última semana, as apostas passaram a ser de que a primeira redução de juros nos EUA virá em maio, e não mais em março, segundo ferramenta de monitoramento do CME Group.
*Com informações da Dow Jones Newswires e Estadão Conteúdo
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