As bolsas asiáticas fecharam sem direção única nesta segunda-feira (19), com alguma delas revertendo parte dos robustos ganhos que asseguraram na semana passada em meio ao alívio em temores sobre uma possível recessão nos EUA.
Liderando perdas, o índice Nikkei caiu 1,77% em Tóquio, a 37.388,62 pontos, à medida que um forte avanço do iene ameaça os ganhos de exportadores japoneses no exterior no momento da repatriação. O mercado no Japão foi provavelmente também alvo de realização de lucros, visto que o Nikkei vinha acumulando ganhos há cinco pregões seguidos.
Em outras partes da Ásia, o sul-coreano Kospi recuou 0,85% em Seul, a 2.674,36 pontos, enquanto o Hang Seng subiu 0,80% em Hong Kong, a 17.569,57 pontos, e o Taiex registrou modesto ganho de 0,27% em Taiwan, a 22.409,63 pontos.
Na China continental, o Xangai Composto teve alta de 0,49%, a 2.893,67 pontos, mas o menos abrangente Shenzhen Composto cedeu 0,10%, a 1.547,45 pontos, enquanto investidores aguardam decisão sobre juros do banco central chinês (PBoC), no fim da noite de hoje.
Na Oceania, a bolsa australiana ficou levemente no azul, sustentada por ações de bancos. O S&P/ASX 200 avançou 0,12% em Sydney, a 7.980,40 pontos.
Após recentes dados sólidos dissiparem preocupações sobre riscos de recessão nos EUA, levando as bolsas de Nova York a garantirem o melhor desempenho semanal no ano, investidores na Ásia e no Pacífico vão buscar, nos próximos dias, sinais de quão rápido o Federal Reserve (Fed, o banco central americano) poderá reduzir juros até o fim do ano. O Fed divulga ata de política monetária na quarta-feira (21) e seu presidente, Jerome Powell, discursa na sexta (23).
Europa tem alta modesta
As bolsas europeias operam majoritariamente em alta modesta na manhã desta segunda-feira, ampliando ganhos recentes, enquanto investidores aguardam mais indícios da trajetória dos juros nos EUA.
Por volta das 6h20 (de Brasília), o índice pan-europeu Stoxx 600 tinha ligeira alta de 0,13%, a 512,11 pontos, depois de encerrar a última semana com avanço de 2,4%, o maior em três meses, à medida que temores sobre uma possível recessão nos EUA se dissiparam.
Na semana passada, as bolsas de Nova York tiveram o melhor desempenho do ano, impulsionadas por dados animadores do varejo e do mercado de trabalho.
Em dia de agenda esvaziada, investidores na Europa vão buscar, nos próximos dias, sinais de quão rápido o Federal Reserve (Fed, o banco central americano) poderá reduzir juros até o fim do ano. O Fed divulga ata de política monetária na quarta-feira (21) e seu presidente, Jerome Powell, discursa na sexta (23), durante o simpósio anual de Jackson Hole.
A semana também trará índices de atividade econômica – conhecidos como PMIs – europeus e dos EUA.
Às 6h35 (de Brasília), a Bolsa de Paris subia 0,24%, a de Frankfurt ganhava 0,04% e a de Madri exibia alta mais robusta, de 1,10%. As de Milão e Lisboa avançavam 0,59% e 0,34%, respectivamente. Na contramão, a de Londres caía 0,14%.
Com informações da Dow Jones Newswires e Estadão Conteúdo