As bolsas asiáticas fecharam majoritariamente em alta robusta nesta sexta-feira (16), após Wall Street estender seu rali recente na esteira de sólidos dados econômicos dos EUA que dissiparam temores sobre uma possível recessão na maior economia do mundo.
Liderando os ganhos, o índice japonês Nikkei saltou 3,64% em Tóquio, a 38.062,67 pontos, encerrando a semana com ganho de 8,67%, o maior desde abril de 2020.
Em outras partes da região asiática, o sul-coreano Kospi voltou de um feriado com alta de 1,99% em Seul, a 2.697,23 pontos, acumulando avanço de 4,2% na semana, o primeiro depois de cinco semanas negativas. O Hang Seng subiu 1,88% em Hong Kong, a 17.430,16 pontos, e o Taiex registrou ganho de 2,07% em Taiwan, a 22.349,33 pontos.
Ontem, as bolsas de Nova York tiveram altas de 1,4% a 2,3%, em seu terceiro pregão positivo, após uma série de dados econômicos dos EUA melhores do que o esperado abafar preocupações de que a economia americana pudesse estar se encaminhando para uma recessão, temor que havia sido deflagrado pelo último relatório de emprego do país, o chamado payroll.
Na China continental, os mercados ficaram sem direção única hoje, ainda repercutindo a bateria de indicadores locais mistos desta semana. O Xangai Composto garantiu alta marginal de 0,07%, a 2.879,43 pontos, mas o menos abrangente Shenzhen Composto caiu 0,30%, a 1.548,93 pontos.
Na Oceania, a bolsa de Sydney acompanhou Wall Street, e o S&P/ASX 200 avançou 1,34%, a 7.971,10 pontos. Ao longo da semana, o índice australiano acumulou alta de 2,5%, a maior desde dezembro do ano passado.
Bolsas da Europa operam em alta
As bolsas europeias operam majoritariamente em alta na manhã desta sexta-feira, à medida que um sentimento positivo prevalece nos mercados acionários globais após dados animadores dos EUA consolidarem expectativas de que os juros básicos americanos começarão a ser reduzidos a partir de setembro.
Por volta das 6h40 (de Brasília), o índice pan-europeu Stoxx 600 avançava 0,50%, a 512,45 pontos, encaminhando-se para garantir seu melhor desempenho semanal desde maio.
Ontem, as ações em Wall Street avançaram com força pelo terceiro pregão seguido após uma série de sólidos indicadores dos EUA, que não apenas dissiparam temores sobre uma possível recessão na maior economia do mundo, como reforçaram expectativas de que o Federal Reserve (Fed, o banco central americano) anunciará, no mês que vem, seu primeiro corte de juros em quatro anos e meio.
Hoje, o foco nos EUA é a pesquisa da Universidade de Michigan sobre confiança do consumidor e expectativas de inflação.
De volta à Europa, a zona do euro ampliou seu superávit comercial ajustado em junho, para 17,5 bilhões de euros, e as vendas no varejo do Reino Unido tiveram alta mensal de 0,5% em julho, mas cresceram menos que o esperado.
Às 6h55 (de Brasília), a Bolsa de Milão liderava os ganhos ao voltar de um feriado, com salto de 2,32%, enquanto a de Paris avançava 0,40% e a de Frankfurt subia 0,80%. As de Madri e Lisboa tinham altas de 0,62% e 0,06%, respectivamente. Na contramão, a de Londres caía 0,33%, na esteira da atualização do varejo britânico.
Entre ações individuais, a da empresa de biotecnologia dinamarquesa Bavarian Nordic, que tem a única vacina para Mpox aprovada nos EUA e na Europa, subia 15,3% em Copenhague, ampliando robustos ganhos de ontem, após a Organização Mundial da Saúde (OMS) declarar esta semana a doença viral como uma emergência de saúde pública de importância internacional. Já a da Bayer avançava 12,4% em Frankfurt, após a empresa química e farmacêutica alemã sair vitoriosa de uma batalha judicial envolvendo o herbicida Roundup.
Com informações da Dow Jones Newswires e Estadão Conteúdo